Haddad se une a Lula na Cúpula do Brics em busca de acordos estratégicos globais
Ministro da Fazenda participa das discussões sobre clima, economia e geopolítica durante encontro internacional

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acompanhou, neste domingo (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a Cúpula de Líderes do Brics, que acontece no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro. O evento reúne chefes de Estado dos países membros, dentre os quais estão Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e tem como objetivo fortalecer a cooperação econômica, política e ambiental entre as nações.
Haddad faz parte da comitiva do presidente brasileiro e permanecerá à disposição para contribuir com as discussões e decisões estratégicas do bloco. Na manhã deste domingo, Lula recebeu oficialmente os demais líderes presentes, entre eles o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.
À noite, está prevista uma recepção oficial no MAM, organizada pelo presidente brasileiro e pela primeira-dama Janja Silva, que também participa do encontro. Esta é a segunda vez que o MAM sedia um evento de grande relevância internacional — em 2024, a cúpula do G20 ocorreu no mesmo local, ocasião em que Janja foi responsável por ampliar a presença dos cônjuges dos chefes de Estado no evento.
Marina Silva destaca prioridades ambientais e o papel do Fundo Florestas Tropicais para Sempre
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também participou da cúpula destacando a importância do financiamento climático para o combate à crise ambiental global. Ela revelou que o governo brasileiro espera que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) esteja em operação até a COP30, evento marcado para novembro em Belém (PA).
Durante entrevista coletiva, Marina ressaltou que o financiamento para a agenda climática continuará sendo um dos temas centrais do Brics. Segundo ela, o bloco pretende lançar uma declaração sobre o clima já na segunda-feira, reforçando o compromisso das nações.
A ministra enfatizou a dificuldade em garantir recursos suficientes e estáveis para os países em desenvolvimento, apontando a necessidade de um mix entre financiamento público e privado para atender essa demanda. O TFFF, de acordo com Marina, tem potencial para mobilizar mais de US$ 150 bilhões para beneficiar cerca de 70 países com florestas tropicais, garantindo o que ela chamou de “justiça climática”.
Além do fundo, o governo brasileiro trabalha em outras iniciativas como o Fundo Clima e o Fundo Amazônia, com o objetivo de alcançar o desmatamento zero. Marina ainda destacou a atuação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como Banco dos Brics, que deve redirecionar investimentos para projetos que combatam a mudança climática, tanto em mitigação quanto em adaptação.
Brics adota posição crítica sobre bombardeios no Irã sem citar Israel e Estados Unidos
Em um movimento diplomático delicado, os líderes do Brics devem publicar uma declaração neste domingo que condena os bombardeios realizados contra instalações no Irã, promovidos por Israel e Estados Unidos. A decisão representa um endurecimento do tom adotado anteriormente, quando as nações do grupo apenas manifestaram “profunda preocupação” com os ataques.
O governo brasileiro, que exerce a presidência do bloco neste ano, desempenhou papel central na negociação do texto final. Para atender ao Irã, o Brasil sugeriu o uso do termo “condena” na declaração, buscando ao mesmo tempo equilibrar a posição para não afastar países do bloco com relações próximas a EUA e Israel, como Índia, Egito e Emirados Árabes Unidos.
A formulação final permite uma interpretação mais ampla, apontando uma condenação dupla de ataques contra civis em ambas as partes do conflito. A expectativa é que o teor completo do comunicado seja divulgado na tarde deste domingo, no Museu de Arte Moderna (MAM).
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