Gripe aviária no Brasil: ministro garante que surtos em aves silvestres não ameaçam granjas
Casos recentes não impactam exportações nem alteram status sanitário do Brasil, segundo Carlos Fávaro

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou, nesta quinta-feira (29), que os novos registros de gripe aviária em aves silvestres no país não comprometem o controle da doença nas granjas comerciais. A declaração foi feita após a confirmação de dois novos focos da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1), um em Montenegro (RS) e outro em Mateus Leme (MG). Segundo o governo federal, esses episódios não representam risco para o comércio internacional de produtos avícolas nem interferem no status sanitário do Brasil, que continua considerado livre da doença em criações industriais.
A ocorrência da gripe aviária em animais silvestres é atribuída à rota migratória entre os hemisférios Sul e Norte, da qual o Brasil faz parte. De acordo com o Ministério da Agricultura, essa condição geográfica aumenta a probabilidade de entrada de aves contaminadas vindas de outros continentes. Ainda assim, o país mantém um sistema sanitário robusto, com atuação rápida para contenção de focos e coleta de animais mortos, prevenindo a disseminação do vírus.
“Tivemos 166 casos de gripe aviária em aves silvestres. O Brasil faz parte de rotas migratórias entre o Hemisfério Sul e o Hemisfério Norte e as aves que venham contaminadas ao território brasileiro podem transmitir a gripe aviária a outras aves silvestres”, disse o ministro.
Casos silvestres não afetam comércio
Com base nas diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), o Brasil continua apto a exportar produtos avícolas, mesmo com os casos detectados em fauna silvestre e criações de subsistência. O protocolo internacional estabelece que apenas ocorrências em estabelecimentos comerciais impactam o status sanitário de um país. Como os registros mais recentes não envolvem granjas industriais, não há prejuízo para o setor produtivo ou restrições à exportação.
Até o momento, o país acumula 170 registros da gripe aviária desde o início do monitoramento em 2023. Destes, 162 ocorreram em aves silvestres, quatro em leões-marinhos e quatro em criações domésticas. Apenas um caso foi confirmado em granja comercial, também no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, o que motivou ações emergenciais e medidas de vazio sanitário na região.
Sistema de vigilância e resposta rápida
Segundo o Ministério da Agricultura, a resposta coordenada entre os órgãos sanitários estaduais e federais tem sido fundamental para o controle da gripe aviária no território nacional. A estratégia inclui a vigilância ativa em áreas de risco, monitoramento de aves migratórias, análises laboratoriais e descarte seguro de carcaças de animais infectados.
O ministro Carlos Fávaro reforçou a importância de manter a vigilância intensificada e destacou que, apesar dos desafios impostos pelas rotas migratórias, o Brasil continua como referência mundial em biossegurança no setor avícola. Ele ressaltou ainda que o país resistiu por muito tempo à entrada do vírus em seu plantel comercial graças à estrutura robusta do sistema de defesa agropecuária.
“O sistema brasileiro é muito robusto e por isso o Brasil resistiu por tanto tempo sem gripe aviária no plantel comercial. Não estamos livres da ocorrência de novos focos em granjas comerciais, mas, independente disso, o sistema brasileiro vai se reforçando”, concluiu o minstro.
Prevenção segue como prioridade
O governo federal mantém como prioridade o fortalecimento das barreiras sanitárias e a conscientização de produtores e populações ribeirinhas quanto aos riscos de contato com aves silvestres doentes. O transporte de animais sem autorização e o manejo inadequado de carcaças também estão sendo monitorados com rigor, especialmente nas áreas mais afetadas.
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