Governo quer aproveitar ‘brecha’ no Congresso e indicar novo presidente do Banco Central em duas semanas

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) identificou uma possível “brecha” no Congresso para indicar o novo presidente do Banco Central (BC) nas próximas duas semanas, ainda em agosto, de acordo com o Estadão/Broadcast. A estratégia da administração federal é aproveitar o esforço concentrado dos parlamentares antes das eleições municipais para também aprovar o nome escolhido para a presidência do BC.

Atualmente, o principal candidato para substituir Roberto Campos Neto é o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo. Embora a decisão final de Lula ainda não tenha sido confirmada, Galípolo é visto como o favorito para o cargo.

O nome indicado precisará passar por uma sabatina no Senado, e o governo busca evitar objeções ao novo nome. Após a escolha de Lula, líderes governamentais começarão a trabalhar para garantir a aprovação do futuro presidente do BC no Congresso.

O plano em consideração é que Lula não só indique o novo presidente do BC, mas também nomeie dois novos diretores ao mesmo tempo, conforme relatado pelo Estadão/Broadcast. Embora as nomeações não precisem ser simultâneas, há uma percepção de que apresentar três nomes juntos pode facilitar a aprovação no Parlamento.

A proposta, coordenada pelo Palácio, é bem recebida pelo Ministério da Fazenda. Os diretores de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, Carolina de Assis Barros, e de Regulação, Otavio Damaso, cujos mandatos terminam em 31 de dezembro de 2024, devem ser substituídos.

Se Galípolo for indicado, haverá também uma vaga aberta na diretoria de Política Monetária. O governo não considera problemático o surgimento dessa nova vaga, pois existem vários candidatos para o cargo de diretor, enquanto a escolha para a presidência do Banco Central é mais restrita.

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