Gleisi Hoffmann defende governo Lula e diz que Bolsonaro ‘colocou o povo na fila do osso’
Parlamentar destacou a inflação acumulada de 57% nos alimentos entre 2019 e 2022

A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, usou suas redes sociais nesta terça-feira (4) para criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, pela alta dos preços dos alimentos durante o governo anterior. A parlamentar afirmou que Bolsonaro “tirou comida da mesa e colocou o povo na fila do osso”.
Na ocasião, a petista destacou a inflação acumulada de 57% nos alimentos entre 2019 e 2022, conforme dados da Fipe. Ela também ressaltou que o ex-presidente e seus aliados “não têm autoridade para cobrar nem prometer o que nunca entregaram: alimento mais barato”.
Quem tirou comida da mesa e colocou o povo na fila do osso foi Jair Messias Bolsonaro e seu ministro da destruição da economia, Paulo Guedes. Nos quatro anos de seu desgoverno a inflação dos alimentos acumulou 57% segundo a Fipe. O inelegível e seus comparsas não têm autoridade…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) February 4, 2025
A fala de Gleisi Hoffmann ocorre em meio a um aumento das críticas por parte da oposição, especialmente dos bolsonaristas, sobre os preços elevados dos alimentos. Os opositores do governo atual têm usado esse tema como uma forma de promover a candidatura de Bolsonaro em 2026, apesar de sua inelegibilidade até 2030.
Gleisi aproveitou a oportunidade para reforçar seu argumento de que a gestão Bolsonaro não conseguiu controlar a inflação dos alimentos, e agora tenta atribuir a responsabilidade ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Oposição e manifestação bolsonarista
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) também se manifestou sobre o assunto, criticando a postura dos bolsonaristas que recentemente realizaram manifestações com bonés estampados com a frase “Comida barata novamente. Bolsonaro 2026”.
De acordo com Farias, o uso desses bonés é um “contraponto” à mensagem do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que haviam se referido à campanha de Donald Trump ao utilizarem itens semelhantes.
O deputado petista acusou os bolsonaristas de “cara de pau” ao falar sobre os preços dos alimentos, destacando as diferenças nos índices de inflação entre os governos de Bolsonaro e Lula.
A crítica de Farias foi direcionada, principalmente, ao fato de que, durante o governo Bolsonaro, os preços dos alimentos sofreram uma alta considerável, o que não parece ter sido devidamente abordado pelos ex-gestores.
Em contraste, o deputado argumentou que o governo atual, apesar dos desafios econômicos, não tem a responsabilidade pela crise alimentar herdada do governo passado. Ele reforçou a falta de autoridade de Bolsonaro e seus aliados para tratar do tema, dada a situação enfrentada no último período presidencial.
Envolvimento político e perspectiva para 2026
O cenário político atual e as trocas de acusações sobre os preços dos alimentos refletem um ambiente tenso e polarizado, em que a disputa por pautas de relevância popular, como a alimentação, se intensifica.
Gleisi Hoffmann, que deve assumir a Secretaria-Geral da Presidência, continua a utilizar sua posição política para reforçar as críticas ao governo anterior, ao mesmo tempo em que a oposição busca explorar temas sensíveis para alavancar uma possível candidatura de Bolsonaro em 2026. A questão da inflação dos alimentos tem se tornado um dos principais focos das discussões políticas, com ambos os lados tentando se apropriar do debate de acordo com seus interesses eleitorais.
Alta nos preços de alimentos impacta inflação em janeiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,11% em janeiro, refletindo principalmente o aumento nos preços de alimentos e bebidas. Esse índice, que havia subido 0,34% em dezembro, foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 24.
Com oito dos nove grupos pesquisados apresentando variações positivas, os preços dos alimentos destacaram-se como os principais responsáveis pelo resultado.
A alimentação e bebidas tiveram um impacto significativo, com uma variação de 1,06% e uma contribuição de 0,23 ponto porcentual (p.p.) para o índice geral do mês. Em termos anuais, os alimentos e bebidas registraram uma alta de 7,69%, superando a inflação geral, que foi de 4,83%. Essa alta reflete a continuidade da pressão inflacionária sobre produtos essenciais à alimentação dos brasileiros.
Principais itens com alta de preços
Entre os itens que mais contribuíram para a alta da inflação em janeiro, as carnes, com aumento de 1,93%, e o frango, que subiu 1,99%, seguiram a tendência de alta observada no ano anterior. No entanto, outros alimentos apresentaram aumentos ainda mais expressivos, como a cebola, que teve uma alta de 4,78%, o tomate, com 17,12%, e a cenoura, que subiu 18,47%. O café também registrou um aumento significativo de 7,07%.
Além desses, outros produtos alimentícios experimentaram variações elevadas, como a abobrinha, que teve alta de 22,46%, o maracujá com 18,94%, e a melancia, que aumentou 10,51%. O aumento no preço da carne de carneiro (6,39%) e cortes mais nobres como o filé-mignon (5,99%) e a capa de filé (4,67%) também impactaram diretamente o bolso dos consumidores, enquanto o peixe teve aumento de 4,80%.
Governo discute medidas para reduzir preços dos alimentos
A alta nos preços dos alimentos gerou preocupação no governo, que iniciou uma série de reuniões para discutir medidas com o objetivo de reduzir os custos desses itens. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou, na quarta-feira (22), que o governo buscaria alternativas para conter o aumento e facilitar o acesso dos consumidores aos alimentos básicos.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participou das discussões, destacando que há espaço regulatório a ser explorado no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). Segundo Haddad, uma possível regulação da portabilidade de vale-refeição e vale-alimentação poderia ajudar a diminuir os custos para os trabalhadores e consumidores.
Além disso, o governo estuda a possibilidade de alterar as alíquotas de importação de produtos que apresentem preços mais altos no Brasil em comparação ao mercado internacional, como uma forma de reduzir os preços internos.
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