Geraldo Alckmin defende diálogo do Brasil com EUA e China em meio à guerra tarifária
Vice-presidente reitera postura do Brasil em favor do multilateralismo e do livre comércio, destacando importância de fortalecer relações com as duas potências

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), declarou, nesta quarta-feira (23), que o Brasil deve manter um caminho de diálogo com os Estados Unidos e a China. Segundo o ministro, aprofundar as relações com ambos os países é o melhor caminho a ser seguido em meio à guerra tarifária promovida por Donald Trump.
Alckmin reafirmou a postura do Brasil de promover a paz e o entendimento, destacando que o país tem a característica de evitar litígios. “O Brasil tem a característica de não ter litígios com ninguém, é o promotor da paz e do diálogo”, disse.
“O maior parceiro comercial do Brasil é a China, e os Estados Unidos são o maior investidor no Brasil. Então, o caminho do Brasil é o diálogo com os dois e aprofundar as relações com ambos”, completou o vice-presidente brasileiro.
Posicionamento sobre tarifas e comércio livre
Alckmin reforçou a postura do Brasil em favor do multilateralismo e do livre comércio, destacando que, no contexto da guerra tarifária, o país busca resolver disputas por meio do diálogo. “O Brasil defende o multilateralismo e o livre comércio. No livre comércio, quem ganha é o povo”, afirmou.
Além disso, o vice-presidente sublinhou que o Brasil não é visto como um “problema” para os Estados Unidos, apontando que oito dos dez produtos mais exportados pelos EUA para o Brasil são isentos de impostos. “Nossa postura é de diálogo e de abrir novas oportunidades”, declarou Alckmin, sugerindo que o país continuará trabalhando para fortalecer os laços comerciais com as duas potências.
Guerra das tarifas
No início do mês, Alckmin já havia afirmado que “ninguém ganha com a guerra tarifária entre os países”. A declaração do vice-presidente foi dada pouco tempo depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a aplicação de tarifas para vários países, dentre os quais estava o Brasil, que recebeu um reajuste de 10%, enquanto a China recebeu um reajuste de 67%.
De acordo com Alckmin, o Brasil foi um dos países menos afetados, com um reajuste, porém, para o ministro do Comércio, a medida não favorece o comércio internacional. Segundo ele, as medidas anunciadas por Trump não foram boas para o comércio de nenhum país.
Na época, o vice-presidente ainda elogiou a agilidade do Congresso Nacional na aprovação de um projeto que estabelece diretrizes jurídicas sobre o tema, mas reforçou a preferência do governo por uma abordagem baseada em negociações. Segundo ele, o Senado já elaborava um projeto desde que a União Europeia cogitou restrições ao agronegócio brasileiro, e o texto foi finalizado com o apoio do governo após o anúncio feito por Trump.
“Por meio do diálogo e da negociação”, afirmou, explicando que encontros com representantes dos dois países estão sendo organizados.
Brasil seguirá promovendo diálogo e paz
Durante entrevista à CNN Brasil, onde comentou sobre o legado de paz deixado pelo Papa Francisco, Geraldo Alckmin disse que o Brasil seguirá promovendo diálogos pela paz e pode colaborar para o fim de conflitos, como o da Faixa de Gaza. Segundo ele, por não manter litígios com outros países, o Brasil pode desempenhar um papel importante na mediação de crises, ressaltando ainda que o presidente Lula é conhecido internacionalmente por sua posição mediadora de conflitos.
“O Brasil é o país da paz, e exatamente por não ter litígios com ninguém, ele pode ajudar nesse diálogo. É mais demorado, infelizmente, mas o Brasil é sempre um protagonista importante, e o presidente Lula é um protagonista importante da paz e do diálogo. Vamos continuar nesse trabalho”, destacou o ministro e vice-presidente.
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