O procurador-geral da República, o baiano Augusto Aras, disse com exclusividade ao portal M!, nesta terça-feira (31), que vai precisar de pelo menos três dias para se posicionar sobre o pedido do afastamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por 180 dias.
A solicitação foi encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF) segunda-feira (30) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello. O magistrado atendeu a um pedido do deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG).
“O pedido chegou agora ao meio-dia ao meu gabinete e eu fui comunicado. Vou começar a estudar o caso agora à tarde, mas a imprensa tem a pressa que eu não posso ter. Não posso me manifestar sem antes estudar o caso. Não vou conseguir responder a essa pergunta em menos de três dias”, afirmou Aras.
Recursos para a Bahia
À reportagem, o baiano Augusto Aras também falou sobre a destinação de R$ 10 milhões em recursos para o estado da Bahia. “Quem está destinando a quantia é o Ministério Público da União, órgão que chefiamos”, disse.
O procurador-geral comentou que, do total do dinheiro, repassou R$ 5 milhões para o Governo do Estado e outros R$ 5 milhões à Prefeitura de Salvador. “Evidentemente que, quando passar essa onda do coronavírus, teremos que fiscalizar a aplicação do dinheiro. A nossa orientação é a de que o Ministério Público fiscalize como foram aplicados esses valores”, alertou.
Nesse momento de pandemia, o procurador-geral Augusto Aras disse que a união entre os entes federativos é extremamente importante para o combate da doença. “Mais do que nunca, é preciso ter o apoio dos poderes públicos, não só no plano da saúde pública, mas também dos programas sociais para sobrevivermos aos próximos 40 dias, no mínimo”, analisou.