O ex-vereador Luiz Carlos Suíca (PT), defendeu, neste sábado (22), o trabalho social como estratégia para reduzir a fome no Brasil. Como exemplo, o petista destacou ações do governo federal e a parceria entre empresários e comerciantes na manutenção da Cozinha Comunitária e Solidária em Pernambués.

Suíca citou o ex-jogador de basquete Michael Jordan como exemplo, lembrando que ele “criou centros de atendimento para pessoas que não têm planos de saúde nos Estados Unidos“.

O ex-vereador mencionou o impacto das políticas sociais nos governos Lula, enfatizando que “o controle e combate à pobreza é prioridade em todas as suas gestões“.

Ele ressaltou o trabalho realizado no Centro Social Urbano de Pernambués (CSU) e a distribuição de mais de mil refeições desde segunda-feira (17), por meio da cozinha instalada no Grupo Alerta Pernambués (GAP). Conforme o Suíca, é necessário que essas iniciativas sejam ampliadas. “É preciso reproduzir as políticas e amenizar a situação de vulnerabilidade social do país“.

Ele mencionou o Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública da Bahia (Sindilimp-BA) como parceiro da ação e destacou a necessidade do envolvimento de outros sindicatos. “Uma rede federal seria o ideal, para que os sindicatos fizessem parte deste processo de Lula“.

Por fim, o ex-vereador reforçou a importância de ajustes na política tributária como meio de combate à pobreza. “Temos que ser realistas nesta questão! O governo federal tem feito de tudo para conter a fome, mas precisamos taxar os ricos e não os pobres“, afirmou.

Presidente da CNA defende incentivo à produção de alimentos

O presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), João Martins, defendeu o incentivo da produção agrícola interna como alternativa para baixar os preços dos alimentos no Brasil. Em entrevista ao Portal M! na última quinta-feira (20), durante entrega da Comenda 2 de Julho ao ex-deputado estadual Heraldo Rocha (União Brasil) na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Martins pontuou que um dos principais problemas está no baixo poder aquisitivo da população mais pobre.

Ao comentar as tentativas do governo federal de conter o avanço da inflação nos alimentos, Martins foi direto e colocou a responsabilidade na produção. “Esse negócio vai baixar o preço, quem baixa preço é a produção. O que está acontecendo é que eles estão focando em coisas diferentes”, afirmou.

Segundo o presidente da CNA, o problema central está no baixo poder aquisitivo da população mais pobre, especialmente no Nordeste. “Nós tivemos uma alta muito grande de carne, hoje nós estamos com o preço da carne muito alto. O que acontece é que a população brasileira, principalmente a população baiana pobre, é muito pobre. Então o poder aquisitivo é muito baixo”, explicou.

Produzir mais é a solução, diz presidente da CNA

Com base na experiência acumulada no comando da CNA desde 2015, Martins apontou que o caminho para combater a alta dos preços é aumentar a oferta de alimentos básicos, como arroz, feijão e ovos. “Se não fosse o agro, se não fôssemos nós para produzir feijão em abundância, fosse na década de 80 que nós importávamos uma porção de coisa para nos alimentar. Hoje não precisamos disso”, afirmou.

“O que nós precisamos é estimular que se produzam mais esses alimentos que chegam à cesta básica da população, produzir mais feijão, produzir mais arroz, produzir coisas que o pobre pode realmente ter uma maneira de adquirir isso”, reforçou o dirigente.