Duas ex-servidoras do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania entraram com uma representação contra o ex-ministro Silvio Almeida na Procuradoria-Geral da República (PGR), afirmando terem sido vítimas de injuria e difamação. Através de seus advogados, as ex-coordenadoras do Disque 100, Kelly Garcéz e Iany Brum, acusam Almeida de atentar contra a honra e a dignidade. Vale lembrar que o ex-ministro também é acusado de assédio sexual contra outras funcionárias ministériais.
A representação afirma que Silvio Almeida atentou “diretamente contra a honra, o decoro e a dignidade das servidoras públicas federais com reflexos na credibilidade da administração pública e dos serviços institucionais da pasta ministerial” ao citar ambas as funcionárias em uma nota divulgada após o suposto caso de assédio vir à tona.
A nota em questão diz: “A Me Too esteve em negociação, em 2023, com as então gestoras da Coordenação-Geral do Disque 100, solicitando mudanças indevidas no formato da licitação vigente no MDHC. O posicionamento da organização era contrário à separação dos serviços ‘Ligue 180’ e ‘Disque 100’, decorrente da separação da pasta em relação ao Ministério das Mulheres. Cabe atenção ao fato de que, além de ser uma decisão política já tomada pelos ministérios envolvidos, sequer poderia estar sendo discutida com possível participante do processo licitatório, uma vez que configuraria conflito de interesses”.
O texto cita nominalmente Kelly Garcéz e Iany Brum, afirmando que ambas tentaram dar contornos no caráter licitatório, afim de atender seus próprios interesses em negociações com o Minitério.
“Foram feitas tentativas por parte da organização em dar contornos ao caráter licitatório do Disque 100, na intenção de atender seus interesses nas negociações. De forma que, no dia 23 de dezembro de 2023, foi realizada agenda com a presença de advogada representante da organização Me Too, Marina Ganzarolli, junto às então gestoras da Coordenação-Geral do Disque 100, Kelly Caroline dos Santos Garcéz e Iany Macedo Brum”, declarou a nota divulgada em 6 de setembro. Atualmente, a nota não está mais disponível no site do Ministério dos Direitos Humanos.
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