O ex-deputado federal Vivaldo Barbosa está à frente do processo de refundação do PTB em todo o país. Com a autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a coleta de assinaturas, o movimento avança com a formação de comissões diretivas nos 27 estados. Em entrevista ao Portal M!, Barbosa explicou que a expectativa é finalizar a coleta de assinaturas até setembro, visando a regularização do partido e sua participação nas eleições de 2026.

Refundação do PTB: um processo nacional

Após a fusão do antigo PTB com o Patriota, que resultou na criação do PRD, o movimento de refundação do partido histórico ganhou força. Segundo Vivaldo Barbosa, a fusão extinguiu formalmente as legendas anteriores, abrindo espaço para a reestruturação.

“Com a fusão, os dois partidos se extinguiram, surgindo o PRD. Fizemos certidão em cartório, pegamos o CNPJ, publicamos no Diário Oficial e o TSE nos autorizou a coletar assinaturas, que é a fase mais braba”, explicou Vivaldo.

A refundação exige a coleta de 547 mil assinaturas — número equivalente a 0,5% dos votos válidos para deputado federal na última eleição. A tarefa, segundo o presidente nacional da refundação, é desafiadora, mas está avançando.

“Estamos presentes nos 27 estados com comissões diretivas e já recebemos um bom número de assinaturas. Como costumo dizer, atravessamos o Rubicão e acredito que vamos chegar lá”, afirmou Barbosa.

Expectativa é concluir processo até setembro

De acordo com Vivaldo Barbosa, a meta é viabilizar a oficialização do partido ainda em 2025, para que ele participe das eleições de 2026 com estrutura sólida.

“A nossa eleição é de 2026, vamos estar lá, não há dúvida. Precisamos de tempo antes para preparar o partido e estamos fazendo força para concluir até setembro deste ano”, destacou.

Bahia tem meta de 60 mil assinaturas

Na Bahia, o movimento também é intenso. O objetivo é atingir a meta de 60 mil assinaturas, o mesmo número estipulado para o Rio de Janeiro, reforçando o peso político do novo PTB nesses estados.

“Nosso plano na Bahia é coletar 60 mil assinaturas. Temos lideranças trabalhando forte no estado, como o Sodré, que está na linha de frente do processo”, afirmou Barbosa.

Partido sério e consequente

Para o ex-deputado, a refundação não pretende apenas criar mais uma sigla entre as mais de 30 já existentes no país, mas resgatar o espírito do trabalhismo brasileiro.

“As pessoas não queriam apenas um partido, que tem mais de 30 aí. Eles vão lá de manhã, saem filiados de casa, sem problema. Vieram com um imenso sacrifício porque não é mole fazer um partido nessas circunstâncias”, explicou Vivaldo.

O dirigente reforçou que o novo partido será um espaço de diálogo com todos os setores da sociedade. “Na medida que o partido for criado, já é nosso dever sair a campo, conversando, articulando, formando diretórios estaduais, nos 27 estados, e o diretório nacional, que é uma coisa que já está sendo tocada”, disse Barbosa.

Segundo ele, essa construção coletiva tem sido animadora, impulsionada pelo engajamento voluntário de cidadãos em todo o país. Identificado como ex-deputado federal e ex-deputado constituinte, Vivaldo Barbosa deixa claro que a refundação do PTB é um chamado à história e ao futuro.

“Fomos procurados por muita gente país afora. As pessoas diziam: vi que estão refundando o PTB, o que eu faço para ajudar? Isso é muito animador, porque mostra que querem um partido sério e consequente”, reforçou Vivaldo.