Erika Hilton diz que sonhar com a Presidência é ato simbólico de representatividade no poder
Deputada afirma não se sentir pronta para disputar o cargo, mas destaca a importância de ocupar o imaginário político e fortalecer o Legislativo

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) afirmou, durante interação com os seguidores nas redes sociais, que sonhar com a Presidência da República é uma forma simbólica de projetar a presença da comunidade LGBTQIAPN+ nos mais altos espaços de poder do país. A declaração foi dada em resposta a uma pergunta enviada por um seguidor sobre a possibilidade de disputar o cargo de chefe do Executivo nacional.
“Eu sempre digo a mesma coisa, fico muito feliz de a gente poder sonhar com essa possibilidade de nos enxergarmos nesse lugar”, afirmou a deputada.
Embora reconheça a importância do imaginário político em torno de sua figura e o impacto disso para a população LGBTQIAPN+, Hilton ponderou que ainda não se sente preparada para assumir tamanha responsabilidade. A parlamentar destacou que, mais do que desejo pessoal, trata-se de um projeto coletivo de representatividade que ainda precisa amadurecer institucionalmente. A informação é do Metrópoles.
Representatividade como impulso político
Para ela, o simples fato de ser vista como uma eventual presidenciável já representa um avanço. “Pois, quando vocês me enxergam nesse lugar, automaticamente vocês enxergam a nossa comunidade, a nossa gente ocupando esse espaço”, completou, reforçando que essa projeção simbólica tem valor político inegável.
No entanto, Hilton foi direta ao admitir que ainda não se considera pronta para um desafio desse porte. “A Presidência da República não é um morango, né?”, brincou, fazendo referência à complexidade do cargo e à necessidade de vivência administrativa e articulação política.
Críticas ao Congresso e à estrutura de governabilidade
A deputada também aproveitou a interação com os seguidores para refletir sobre as dificuldades enfrentadas pelos presidentes da República no atual cenário político. Citou os processos de instabilidade vividos por Dilma Rousseff (PT) e as tensões permanentes que marcam o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ambos alvos de resistência significativa no Congresso Nacional.
“A gente precisa aprender a votar enquanto sociedade. E [precisamos de] um Congresso Nacional decente que preste. Vocês viram o que aconteceu com a presidente Dilma, vocês estão vendo como está sendo a governabilidade do presidente Lula por culpa do Congresso, que é chantagista, egoísta, fascista – claro, não todo, mas uma significativa parcela dele”, declarou Hilton.
Segundo a parlamentar, o problema não está apenas na figura presidencial, mas na estrutura que impede mudanças efetivas e cria obstáculos sistemáticos a projetos progressistas. Para ela, essa configuração do Legislativo mina qualquer tentativa de transformação profunda no país.
A importância do Legislativo para candidaturas transformadoras
Hilton também alertou para a necessidade de atenção maior às disputas legislativas. Na sua avaliação, qualquer tentativa real de eleger um nome ligado a minorias ao Palácio do Planalto deve ser acompanhada por um processo de reconfiguração das casas legislativas.
“Acho que, para nós possamos construir de verdade essa possibilidade, a gente precisa nos atentar mais aos cargos legislativos”, afirmou. Ela defende que o fortalecimento de bancadas progressistas e representativas seja o caminho para viabilizar um projeto político que enfrente os desafios impostos por um Congresso conservador e, muitas vezes, hostil à diversidade.
A fala de Erika Hilton ressoa em um momento em que o debate sobre representatividade no poder ganha fôlego, especialmente diante das barreiras estruturais enfrentadas por mulheres, pessoas trans e integrantes de comunidades marginalizadas.
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