Eleições americanas: quase 35 democratas pediram desistência de Biden antes da decisão ser anunciada

As eleições americanas, que vão decidir, em novembro, quem ocupará a Casa Branca por mais quatro anos, teve novo capítulo no fechamento do cerco ao presidente Joe Biden, antes que ele anunciasse sua desistência. Quase 35 democratas no Capitólio, o Congresso dos Estados Unidos, disseram que era hora do atual mandatário sair da corrida eleitoral.

O movimento ocorreu enquanto o Partido Democrata parecia dividido tanto sobre se Biden deveria permanecer na disputa ou se afastar, quanto por não ter um consenso sobre como escolher um eventual sucessor de campanha.

O impasse se tornou insustentável para o partido e seus líderes, a um mês da Convenção Nacional Democrata que deveria ser um momento de união para enfrentar o ex-presidente Donald Trump. Em vez disso, o partido estava em uma encruzilhada nunca vista em gerações. Devido ao impasse, doadores de campanha também recuaram.

De sua casa de praia em Delaware, Biden, de 81 anos, permanece isolado com uma infecção por Covid, mas também politicamente, com um pequeno círculo de família e conselheiros próximos. O médico da Casa Branca, Kevin O’Connor, disse na sexta-feira (19) que o presidente ainda tinha uma tosse seca e rouquidão, mas seus sintomas de Covid haviam melhorado.

Quase dois terços dos democratas disseram, antes da decisão, que Biden deveria desistir da corrida presidencial e deixar seu partido nomear um candidato diferente, segundo um novo levantamento do centro de pesquisa AP-NORC para assuntos públicos.

A maioria dos democratas acredita que a vice-presidente Kamala Harris faria um bom trabalho no cargo principal, segundo outro levantamento do centro de pesquisa AP-NORC.