Eduardo Bolsonaro justifica exclusão da posse oficial de Trump por mudança no protocolo
Filho de ex-presidente comenta razões para assistir cerimônia em ambiente secundário; diante do clima frio em Washington, local foi alterado

A ausência do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na cerimônia oficial de posse do ex-presidente americano Donald Trump, realizada nesta segunda-feira (20), gerou questionamentos. O parlamentar explicou, nesta terça-feira (21), que sua exclusão do evento principal foi consequência de uma mudança no protocolo da cerimônia, motivada pelo clima frio em Washington, que registrou uma temperatura máxima de -2 ºC nesta segunda.
Com a alteração, o evento foi transferido para a Rotunda do Capitólio, onde apenas uma lista restrita de convidados teve acesso, incluindo parlamentares desacompanhados de cônjuges, a família Trump, ministros estratégicos, CEOs e chefes de Estado mais próximos. Outros convidados, como Eduardo Bolsonaro e sua madrasta Michelle Bolsonaro, assistiram à posse no Capital One Arena, um estádio que também sediou eventos relacionados, como discursos e a assinatura dos primeiros decretos de Trump.
Cerimônia com restrições protocolares
Eduardo destacou que a decisão foi tomada pelo cerimonial de Trump para acomodar o evento às condições climáticas e aos protocolos de segurança. Segundo ele, entre os que acompanharam a cerimônia no estádio estavam o presidente do Paraguai e líderes de partidos europeus.
“Foi uma escolha baseada em segurança e protocolo. No Capitólio, havia espaço apenas para convidados específicos. No Capital One Arena, Trump discursou para o público e assinou decretos iniciais de seu mandato. Eu e Michelle Bolsonaro estávamos presentes e participamos também dos eventos noturnos, como o Liberty Ball e o Starlight Ball”, explicou Eduardo Bolsonaro.
O deputado federal ainda ressaltou que, caso Jair Bolsonaro (PL) tivesse comparecido, o ex-presidente brasileiro teria recebido “tratamento de chefe de Estado”, com acesso garantido à cerimônia no Capitólio.
Ausência de Jair Bolsonaro
A presença de Jair Bolsonaro no evento foi inviabilizada devido à retenção de seu passaporte por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Desde fevereiro de 2023, Bolsonaro é investigado por sua suposta participação em tentativas de golpe após as eleições de 2022. O ex-presidente está impedido de sair do Brasil até que o processo seja concluído.
A defesa de Bolsonaro chegou a solicitar ao STF a liberação do documento para que ele pudesse viajar a Washington, mas o pedido foi negado. Moraes justificou sua decisão mencionando um “risco de fuga”, reforçado por declarações do ex-presidente sobre a possibilidade de buscar asilo no exterior. Em resposta, Bolsonaro comentou que “qualquer um pode fugir” do país, mas não apresentou novas medidas para tentar reaver o passaporte.
Relações entre Trump e Bolsonaro
Mesmo sem a presença de Jair Bolsonaro na cerimônia oficial, Eduardo Bolsonaro celebrou a “posição de destaque” concedida à família pelo ex-presidente americano. Ele classificou o convite feito a Jair Bolsonaro como uma honra ao Brasil, destacando que seu pai foi o único ex-chefe de Estado estrangeiro a ser convidado para o evento.
“Essa relação próxima com Trump deveria ser motivo de orgulho para todos que desejam o bem do Brasil. É um reflexo do respeito que ele tem pelo nosso país”, declarou Eduardo Bolsonaro.
Críticas e implicações políticas
Apesar da recepção calorosa descrita por Eduardo, a ausência da família Bolsonaro na cerimônia oficial no Capitólio abriu margem para especulações sobre possíveis desentendimentos. Críticos levantaram a possibilidade de um enfraquecimento na relação entre Trump e o clã Bolsonaro, mas o deputado negou qualquer mal-estar.
A transferência da cerimônia também reacendeu discussões sobre as limitações enfrentadas por Jair Bolsonaro no Brasil, especialmente diante das investigações em andamento. Seu impedimento de viajar ao exterior tem sido usado como argumento por opositores para questionar sua relevância política internacional.
Trump sobre Brasil e América Latina
Em suas primeiras declarações como presidente durante seu segundo mandato, Donald Trump trouxe à tona sua perspectiva sobre a América Latina, incluindo o Brasil, afirmando que a região depende mais dos Estados Unidos do que o contrário. A fala ocorreu, nesta última segunda-feira (20), no salão oval da Casa Branca, em um momento em que o Brasil tem buscado ampliar sua atuação diplomática em questões internacionais, como as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia.
Redação
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