Cacá Leão repudia violência na Câmara de Salvador durante votação de reajuste: ‘ataque covarde’
Secretário de Governo repudia violência durante protesto contra reajuste salarial e manifesta apoio a vereadores agredidos

O secretário municipal de Governo, Cacá Leão (PP), condenou veementemente os atos de violência registrados na Câmara Municipal nesta quinta-feira (22), quando sindicalistas invadiram a Casa Legislativa em protesto contra o projeto de reajuste salarial dos servidores públicos. Para o presidente do PP em Salvador, as cenas protagonizadas por manifestantes representam uma afronta ao regime democrático.
“Os atos de vandalismo vistos na Câmara Municipal de Salvador são repugnantes. Me solidarizo aos vereadores agredidos e ameaçados durante o ataque covarde ao Legislativo Municipal”, declarou.
Em tom firme, Cacá reforçou a gravidade do episódio. “Momentos como aqueles ocorridos ontem em Salvador não devem ser tolerados numa democracia”, afirmou o secretário, manifestando apoio à integridade física e institucional dos parlamentares.
Câmara aprova reajuste após tumulto e sessão é transferida por segurança
A declaração do secretário ocorre após um dia de tensão na Câmara Municipal. Sindicalistas e servidores públicos invadiram o plenário para impedir a votação do Projeto de Lei nº 174/2025, enviado pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil), que trata do reajuste salarial de professores e demais servidores da rede municipal.
Com a invasão e os relatos de agressões físicas e verbais, o presidente da Casa, vereador Carlos Muniz (PSDB), decidiu realizar a votação em outro espaço: o Centro de Cultura da Câmara. A mudança ocorreu por medida de segurança, após o bloqueio dos acessos e a necessidade de intervenção da Polícia Militar, que utilizou gás de pimenta para conter o avanço dos manifestantes.
Projeto aprovado prevê reajustes escalonados
Apesar do tumulto, o projeto foi votado e aprovado pela maioria dos vereadores presentes. A oposição se absteve, e a proposta agora segue para sanção do prefeito. O texto prevê os seguintes reajustes:
- 9,25% para Nível 1 / Referência A
- 6,65% para Nível 1 / Referência B
- 6,27% a partir de Nível 1 / Referência C
- 6,27% para o quadro suplementar do Magistério Público
- 4,83% para os demais cargos da estrutura administrativa
Durante a tramitação, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) apresentou seis emendas – quatro da base aliada e duas da oposição. O parecer favorável foi assinado pelo presidente da comissão, vereador Sidninho (PP).
Presidente da Câmara compara episódio ao 8 de Janeiro
Após a sessão, Carlos Muniz lamentou os acontecimentos e comparou a invasão à ocorrida no Congresso Nacional em janeiro de 2023. “Me senti no 8 de Janeiro, quando, em 2023, um grupo invadiu o Congresso Nacional. Essas agressões não são feitas por verdadeiros sindicalistas, são feitas por baderneiros”, criticou.
Ele reiterou que todo o rito legal foi cumprido. “O projeto chegou a esta Casa, passou por todas as comissões, como determina a lei, e foi aprovado pela maioria”, pontuou.
Apelo por diálogo e respeito institucional
Carlos Muniz também se dirigiu à bancada de oposição, que defendia o adiamento da votação. “Alguns vereadores queriam que fosse adiada a votação para segunda-feira (26), mas a maioria absoluta pediu que fosse feita hoje (22) e assim foi feito”, explicou o tucano.
O presidente da Câmara reforçou que o Legislativo está aberto ao diálogo com sindicatos e movimentos sociais, desde que os canais institucionais sejam respeitados.
“Agora é pedir o bom senso da bancada de oposição para que haja uma construção de um consenso, já que foi muito tenso hoje”, finalizou.
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