Aliados de Bolsonaro miram Senado para viabilizar impeachment de ministros do STF, diz revista
A estratégia é obter ao menos 41 das 81 cadeiras da Casa, número exigido para iniciar o processo

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) têm concentrado esforços nas eleições para o Senado em 2026, com o objetivo de conquistar a maioria necessária para abrir processos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A estratégia é obter ao menos 41 das 81 cadeiras da Casa, número exigido para iniciar o processo.
De acordo com levantamento divulgado pela revista Crusoé, caso repitam o desempenho de 2022 — quando elegeram 14 dos 27 senadores em disputa — os bolsonaristas ultrapassariam essa marca. Hoje, contam com 16 senadores considerados alinhados e precisariam conquistar mais 25 das 54 vagas que estarão em jogo em 2026 — 46,3% do total.
Apesar da meta de maioria simples, a aprovação de um impeachment exige quórum qualificado de dois terços do Senado, ou seja, 54 votos. Para atingir esse patamar, a base bolsonarista teria que obter 70% de sucesso nas urnas, desempenho considerado altamente desafiador.
Impeachment como moeda de troca
Ainda segundo a reportagem da Crusoé, mesmo sem os 54 votos necessários para aprovar a remoção de um ministro do STF, a mera possibilidade de abertura do processo já serviria como instrumento de pressão política.
A matéria destaca que essa estratégia pode ser usada como moeda de negociação para uma possível anistia a Bolsonaro, que é alvo de investigações e processos judiciais. Nesta semana, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, sugeriu que um eventual indulto ao pai deveria incluir também o ministro Alexandre de Moraes, o que, segundo a reportagem, só faria sentido caso Moraes tivesse algo a perder — como o próprio cargo.
Bolsonaro deve visitar a Bahia entre agosto e setembro, diz João Roma
Jair Bolsonaro (PL) virá à Bahia entre os meses de agosto e setembro, conforme garantiu, neste sábado (21), o presidente estadual do Partido Liberal e ex-ministro da Cidadania, João Roma. A viagem ainda não tem uma data definida para acontecer, mas a previsão é que seja logo após o “Ato pela Democracia, Liberdade e Justiça”, marcado para o próximo dia 29 de junho, na Avenida Paulista, em São Paulo.
A declaração de Roma foi dada durante entrevista para a Rádio Interativa FM de Itabuna, onde o líder partidário também destacou o avanço das articulações da sigla no Sul e Extremo Sul do estado. “Muitas lideranças políticas do Sul e do Extremo Sul da Bahia estão se aproximando do PL. Então, o presidente Bolsonaro deve estar aqui entre os meses de agosto e setembro. Só falta a gente definir a data”, disse.
O ex-ministro da Cidadania disse ainda que o PL tem se unido a lideranças municipais como o prefeito de Porto Seguro, Jânio Natal; o Coronel França, em Teixeira de Freitas; Chico França, em Itabuna; e Kaká Resolve, em Eunápolis. Para o ex-ministro, o crescimento da legenda reflete um sentimento de mudança no eleitorado baiano.
Ação mantida, mesmo com quadro de saúde instável
Mesmo com o diagnóstico recente, a participação de Bolsonaro no ato do dia 29 de junho está mantida. Para João Roma, Bolsonaro permanece como a principal liderança da direita no país e peça fundamental para as eleições de 2026.
“Ele não só está à frente das pesquisas como é a pessoa que tem capacidade de mobilizar a população. Ele tem buscado, incansavelmente, despertar no povo brasileiro o sentimento de patriotismo e, cada vez fica mais claro para a população que não se justifica, em um país democrático, ter a exclusão do nome de Bolsonaro na próxima disputa eleitoral”, destacou.
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