O vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), voltou a cobrar, nesta quarta-feira (23), um desfecho definitivo sobre o encerramento do contrato de concessão da Via Bahia, responsável pela administração das rodovias federais BR-324 e BR-116 no estado.

Parlamentar questiona permanência da concessão

O parlamentar alertou para os problemas enfrentados pelos motoristas durante o feriado da Semana Santa e projetou um cenário ainda mais crítico para o período junino.

“Já sofremos durante esse feriado da Semana Santa e o São João será pior ainda, se não fizermos alguma coisa. O que está acontecendo que ela ainda não saiu da Bahia?”, questionou.

Sanches também destacou a insatisfação com a continuidade da cobrança de pedágio, mesmo com a precariedade das vias, citando pistas esburacadas, asfalto comprometido e trechos sem acostamento como exemplos dos problemas enfrentados pela população.

Decisão do TCU e acordo com a ANTT

A manifestação de Alan Sanches ocorre mais de dois meses após o Tribunal de Contas da União (TCU) ter homologado o encerramento do contrato de concessão com a Via Bahia. Antes disso, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) já havia aprovado o acordo que prevê a saída da empresa da administração das rodovias.

Indenização prevista e impacto para o estado

Segundo informações do TCU, a empresa será indenizada em R$ 892 milhões pelo governo federal. Diante disso, o deputado questionou o destino dos recursos e os prejuízos acumulados pelos usuários.

“E quem vai indenizar os baianos por todos os transtornos causados durante anos?”, indagou Alan Sanches.

Críticas à condução do processo e cobrança por celeridade

Alan Sanches também mencionou o envolvimento do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e afirmou que não vê problema em o ministro assumir protagonismo no processo de saída da concessionária. No entanto, o deputado reforçou que a população baiana merece um tratamento mais eficiente.

“Eu acredito que não há problema em o ministro da Casa Civil, Rui Costa, capitalizar a saída dessa concessionária, mas os baianos merecem um tratamento melhor. Essa concessão só trouxe transtorno para os baianos, não deu certo”, enfatizou.

Sanches critica ataques contra ACM Neto e diz que Jerônimo não será reeleito

O vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), criticou, no dia 2 de abril, as recentes declarações de lideranças políticas ligadas ao governo estadual contra o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto. Considerado o principal nome da oposição no Estado, ele é um possível candidato ao governo em 2026.

As manifestações ocorreram após a divulgação de pesquisas eleitorais que apontam o ex-prefeito de Salvador com ampla vantagem sobre o governador Jerônimo Rodrigues (PT), com quem disputou em 2022, mas o petista levou a melhor.

Segundo Sanches, os ataques surgiram diante dos números que mostram a taxa de reprovação de Jerônimo acima da aprovação. “Quando um candidato tem uma reprovação maior que a aprovação, ele não conseguiria ser reeleito, e isso está acontecendo hoje com Jerônimo”, afirmou na ocasião.

Na avaliação do parlamentar, em vez de priorizarem problemas que afetam a população, como a fila da regulação na saúde e a violência no Estado, incluindo tiroteios em plena luz do dia, como o registrado na Avenida Paralela, em Salvador, as lideranças governistas estão voltadas para disputas políticas antecipadas. Sanches reforçou que a resposta da população virá no momento adequado.