AL-BA aprova reajuste para servidores da segurança e saúde, mas oposição barra novos empréstimos de Jerônimo
Tiago Correia classificou pedidos de empréstimo como um “endividamento desenfreado e sem transparência” por parte do governo petista

A Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) aprovou, nesta terça-feira (29), quatro projetos de lei que concedem reajuste salarial a servidores da segurança pública e da saúde. A votação ocorreu de forma unânime e foi resultado de um acordo com apoio da bancada de oposição.
As propostas contemplam policiais militares, civis, bombeiros, policiais penais e profissionais da rede estadual de Saúde. O líder da oposição, deputado Tiago Correia (PSDB), afirmou que o entendimento entre as bancadas teve como objetivo valorizar os trabalhadores dessas categorias.
Oposição bloqueia votação de novos pedidos de crédito
Apesar do acordo em relação aos reajustes, a oposição impediu a votação de três projetos de empréstimos enviados pelo governo estadual. Foi a segunda semana consecutiva em que os pedidos foram barrados. Desde o início da gestão de Jerônimo Rodrigues (PT), foram enviados 18 projetos de autorização para contratação de crédito pela AL-BA.
“Em 28 meses, são 18,2 bilhões em empréstimos, o que dá uma média de um pedido de R$ 1 bilhão a cada 45 dias. A Casa simplesmente virou uma instituição bancária onde os deputados viraram aprovadores de crédito”, criticou Tiago Correia.
O deputado também classificou os pedidos de empréstimo como um “endividamento desenfreado e sem transparência” por parte do governo Jerônimo.
Projetos de crédito somam R$ 5,1 bilhões
Conforme o deputado, mesmo sem quórum suficiente, a base governista tentou votar os projetos que preveem a contratação de R$ 5,1 bilhões em crédito.
“Hoje demonstramos que é possível dizer não ao descontrole financeiro do governo e, ao mesmo tempo, garantir os direitos dos servidores que tanto contribuem para a Bahia. A oposição está fazendo o seu papel com seriedade e responsabilidade”, completou Tiago Correia.
Sandro Régis acusa Jerônimo de má gestão após novo pedido de empréstimo
Além do deputado Tiago Correia, quem também criticou os pedidos de empréstimo do petista foi o deputado estadual Sandro Régis (União Brasil). No dia 15 de abril, o parlamentar afirmou que os pedidos de empréstimo feitos pelo governador são prova de “má gestão do governo à frente do Estado”. Na ocasião, Régis afirmou que “a Bahia chegou nessa moda que o brasileiro vive”.
“Você toma dinheiro para pagar um cartão e já pega de outro e paga o outro, então eu acho que deve ser para ele ir tapando as parcelas. É inadmissível, em 2 anos e 4 meses, R$ 13 bilhões”, declarou Régis.
Manoel Vitório justifica pedidos de empréstimo e diz que ‘equilíbrio fiscal’ permite mais investimento
Em entrevista ao Portal M!, na última quinta-feira (24), o secretário estadual da Fazenda, Manoel Vitório, justificou os novos empréstimos bilionários solicitados pelo governador Jerônimo à AL-BA. O secretário destacou que a gestão tem feito um controle rigoroso das contas públicas, o que permite a contratação de novos financiamentos com responsabilidade fiscal.
“A Bahia fez o dever de casa, nós somos talvez um dos estados, não digo o menos, um dos estados menos endividados do país”, afirmou Vitório.
Segundo ele, o cenário atual é resultado de uma gestão eficiente e de longo prazo. “A gente precisa de mais ou menos um terço da nossa receita corrente líquida se a gente quiser se quitar todos os compromissos, toda a dívida”.
As operações de crédito, que somam R$ 4,5 bilhões, foram enviadas na quarta-feira (23) e têm como objetivo manter o equilíbrio fiscal e ampliar investimentos em infraestrutura, mobilidade urbana e saneamento em diversas regiões do estado.
Empréstimos somam quase R$ 18,5 bilhões desde 2023
Desde o início da gestão Jerônimo Rodrigues, em janeiro de 2023, o governo da Bahia já encaminhou 18 pedidos de empréstimos, somando aproximadamente R$ 18,5 bilhões. Apenas em 2024, oito solicitações foram feitas, totalizando R$ 6,4 bilhões. A maior parte dos contratos envolve bancos públicos como o Banco do Brasil, o BNDES e a própria Caixa Econômica.
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