Adolfo Menezes cobra pagamento de emendas e diz que valor é insignificante para deputados fazerem política

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), Adolfo Menezes (PSD), fez duras críticas ao valor das emendas parlamentares destinadas aos deputados estaduais e cobrou o pagamento integral delas, destacando a disparidade entre os recursos estaduais e federais. Menezes afirmou que o cumprimento da lei que garante essas emendas é fundamental para a atuação política dos deputados.

“Se é lei, se todos os deputados têm [direito], não é deputado do governo, é de todos os deputados, tem que ser pago. Até porque o valor das emendas de deputados federais é insignificante para se fazer política. O deputado federal hoje tem R$ 100 milhões, R$ 150 milhões, R$ 200 milhões. Então você vai fazer política com R$ 4 milhões na Bahia. Cada deputado aqui representa 40, 50, 60 cidades. Dá para fazer o que com R$ 4 milhões? R$ 4 milhões foi até agora, entendeu? Então era um mínimo que o governo podia fazer. Eu sempre defendi e defendo, porque deve ser uma lei que tem que ser cumprida, tem que ser pago”, declarou Menezes.

Recursos justos

Além da cobrança pelas emendas, Adolfo disse que a ALBA precisará de uma suplementação de R$ 70 milhões para fechar o exercício financeiro de 2024. Ele destacou que essa situação é fruto de orçamentos historicamente defasados. “Basta pegar o orçamento aprovado para 2024, que já sabíamos estar defasado em R$ 70 milhões. Esse é um costume aqui na Casa, em todas as presidências, de nunca se aprovar o valor real necessário”, afirmou.

Apesar das dificuldades, o presidente garantiu que sua gestão não aumentou despesas nem realizou obras que elevassem os gastos. “Pelo contrário, sempre buscamos enxugar onde era possível as despesas públicas”, ressaltou. Menezes acredita que a prática de aprovar orçamentos insuficientes compromete a eficiência financeira da Casa e precisa ser interrompida.