ACM Neto critica Jerônimo por índices de desemprego na Bahia: ‘quem dizia defender o trabalhador agora foge do povo’
Vice-presidente do União Brasil também criticou o presidente Lula (PT) pela inflação no Brasil

O vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, utilizou suas redes sociais nesta quinta-feira (1º), feriado do Dia do Trabalhador, para atribuir aos governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador Jerônimo Rodrigues (PT) a responsabilidade pelos altos índices de desemprego na Bahia e pela inflação no país.
“A Bahia lidera o desemprego. O Brasil afunda no preço dos alimentos. E o PT? Esconde a cara no 1º de Maio. Quem dizia defender o trabalhador agora foge do povo”, afirmou Neto em publicação nas redes sociais.
A Bahia, sob comando do PT desde 2007, voltou a registrar em 2024 uma das maiores taxas de desemprego do Brasil, conforme dados divulgados pelo IBGE. Em nível nacional, o país apresenta a maior inflação dos últimos 22 anos, segundo os indicadores econômicos mais recentes.
ACM Neto celebra federação entre União Brasil e Progressistas
O ex-prefeito de Salvador celebrou, na última terça-feira (29), a oficialização da federação entre o União Brasil e o Progressistas (PP), e afirmou que a União Progressista representa a “maior força política do Brasil”. Na avaliação de Neto, a aliança fortalece o compromisso com a construção de caminhos políticos.
A expectativa, de acordo com ACM Neto, é de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirme a união até julho. “A gente acredita que até o final de julho o TSE vai registrar e, portanto, confirmar a federação”, explicou. “Vamos chegar com muita força e vigor em 2026”, acrescentou.
Com a formalização, a nova federação passa a contar com 109 deputados federais, 14 senadores, seis governadores, mais de 1.300 prefeitos e mais de 12 mil vereadores, de acordo com dados do TSE.
Redução no número de partidos e impacto na governabilidade
Segundo Neto, a criação da federação contribui para o redesenho do sistema partidário brasileiro. Ele apontou a fragmentação como um dos principais entraves à governabilidade.
“Há quatro anos enxergamos o caminho, reivindicado pela sociedade brasileira, de diminuição do número de partidos. É inevitável esta redução do número de partidos, é muito saudável, é importante para a democracia porque ninguém consegue governar com mais de 30 partidos funcionando, como acontece hoje”, afirmou.
Na Bahia, a União Progressista já surge com presença relevante, reunindo 80 prefeitos e 789 vereadores, além de representatividade na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e na Câmara dos Deputados.
União Progressista terá maior acesso a recursos públicos
De acordo com dados apresentados durante o evento, a União Progressista se consolidará com a maior bancada da Câmara dos Deputados e o maior número de prefeituras no país. A aliança também terá acesso à maior fatia dos recursos públicos destinados às campanhas eleitorais e à manutenção dos partidos.
Pelas estimativas com base nos valores distribuídos em 2024, a federação terá direito a R$ 953,8 milhões do fundo eleitoral e R$ 197,6 milhões do fundo partidário, superando todos os demais partidos registrados no TSE. Com isso, a União Progressista se posiciona como a força política com maior capacidade de financiamento eleitoral e atuação estrutural.
Modelo de gestão compartilhada até dezembro
A nova federação funcionará inicialmente com um modelo de comando compartilhado entre os presidentes nacionais das duas siglas: Antonio de Rueda, do União Brasil, e Ciro Nogueira, do PP. Até dezembro deste ano, será eleito um único dirigente para liderar a União Progressista.
Nas próximas semanas, os dirigentes se dedicarão à formulação do estatuto da federação, que será aprovado por ambas as legendas em convenções internas. O registro da aliança junto ao TSE depende da formalização desse documento, ainda sem data definida.
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