A inflação oficial de preços ganhou ritmo ao avançar 0,38% em julho, ante alta de 0,21% verificada em junho. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com a variação acima da previsão do mercado financeiro de 0,33%, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 4,5% nos últimos 12 meses, valor que representa o teto da meta para este ano.
A variação foi a maior para o período desde 2021 (0,96%). Na comparação com anos anteriores, o índice de preços subiu 0,12% em julho do ano passado, seguido de uma deflação de 0,68% no mesmo período de 2022. Em junho, a variação registrada de 0,21%, foi a menor taxa para o período desde 2020.
Atual regime de metas para o IPCA segue somente até dezembro. A partir de janeiro de 2025, o intervalo anual pré-determinado deverá ser cumprido todos os meses, não apenas ao final de cada ano. Assim, o furo da meta será estabelecido sempre que o IPCA acumulado superar o teto da meta por seis meses consecutivos.
Vilão: preço da gasolina
Reajuste da gasolina pesou no bolso dos motoristas em julho. O aumento de 7,1% dos preços definido pela Petrobras para as distribuidoras começou a valer no dia 9 do mês passado. A previsão da estatal era de que a decisão elevaria em R$ 0,15 o valor cobrado pelo litro do combustível nos postos.
Com o reajuste, o item de maior peso individual para o cálculo da inflação do Brasil (5%) saltou 3,15%. O etanol (+5,9%) e o óleo diesel (+1,03%) também ficaram mais caros, enquanto o gás veicular registrou queda de 0,2%.
Leia também:
Serasa abre mutirão para renegociação de dívidas estudantis com descontos de até 95%