Do refúgio à cidade: Angeluci Figueiredo leva o Preta ao icônico Palacete Tira-Chapéu e prepara quintas especiais após o Carnaval
Com capacidade para 80 pessoas, o Preta Tira Chapéu funciona de terça a domingo

Do refúgio da bucólica Ilha dos Frades ao agito do Centro Histórico de Salvador, a chef Angeluci Figueiredo, a Preta, segue expandindo a experiência gastronômica do seu restaurante. Em dezembro do ano passado, ela inaugurou uma nova unidade no icônico Palacete Tira-Chapéu, na Rua Chile, levando sua cozinha afetiva para um dos endereços mais charmosos de Salvador. Com isso, o restaurante chega a três espaços distintos: além do refúgio na Ilha dos Frades, o Preta também marca presença no Museu de Arte Contemporânea (MAC) e agora no casarão centenário, reforçando sua proposta de unir sabor, cultura e tradição em cenários únicos.
O espaço integra uma proposta que vai além da gastronomia. Com uma arquitetura marcante e um cardápio cheio de referências culturais, o Preta Tira Chapéu é um ponto de encontro entre arte visual e culinária e se une às outras unidades do restaurante. Oferecendo uma experiência única, o Preta possui pratos típicos à base de frutos do mar e outros ingredientes da baianidade. A cozinha de inspiração praiana é complementada por obras de artistas baianos que adornam o ambiente.
Ao falar sobre o projeto, em entrevista ao Portal M!, Angeluci revelou que já está nos preparativos para a operação do restaurante durante o Carnaval. Nos dias de folia, o espaço funcionará normalmente, oferecendo opções para almoço e jantar, servindo soteropolitanos e turistas.
Já o pós-Carnaval será de novidade no Preta Tira Chapéu, com o projeto “De Quinta”, que levará músicos ao espaço, tornando o ambiente ainda mais acolhedor.
Depois do Carnaval, todas as quintas-feiras vou ter uma noite especial que batizei de ‘De Quinta’. Essa noite vai ter músicos tocando. Uma, por exemplo, será com Marcos Lobo, que faz a percussão de Caetano Veloso, de Milton Nascimento, Vanessa da Mata. É uma noite bacana para as pessoas se curtirem, conversar, dar risada, comer uma coisa gostosa“, conta a chef.

Com capacidade para 80 pessoas, o Preta Tira Chapéu funciona de terça a domingo. À noite, o restaurante se transforma em um refúgio com iluminação suave de velas, proporcionando aos clientes uma experiência gastronômica envolta em nostalgia. “Na quarta e na quinta tem os clássicos da cozinha brasileira, porque a cozinha brasileira tem o cozido, feijoada…”, detalha.
Além disso, o cardápio homenageia a história da Rua Chile, a primeira rua do Brasil, trazendo pratos como o Bacalhau “Mulher de Roxo” e a Moqueca de Camarão “Slopper”, que fazem alusão a figuras e lojas históricas da região.
Confira alguns registros do Preta Tira Chapéu:




História do restaurante Preta
A jornada do restaurante Preta começou em 2011, quando Angeluci Figueiredo, a chef por trás do nome, se arriscou a abrir o primeiro restaurante da marca na Ilha de Maré. A ideia, inicialmente desacreditada por muitos, tinha como desafio a combinação da gastronomia com o isolamento da ilha, mas foi justamente isso que fez a diferença. O primeiro Preta, com seu cardápio de frutos do mar e a aposta em um ambiente acolhedor e descontraído, conquistou os paladares e corações dos baianos e turistas.
O restaurante da Ilha de Maré, embora enfrentasse dificuldades iniciais, acabou se tornando um sucesso por meio do boca a boca. Angeluci conseguiu transformar o Preta em um destino marcante na gastronomia baiana, o que levou à expansão da marca para novas localizações, incluindo o Museu de Arte Contemporânea e, mais recentemente, o Palacete Tira Chapéu.
Quem é Angeluci Figueiredo?
Nascida em Salvador, mas criada em Amargosa, Angeluci sempre teve uma ligação profunda com a cozinha. Desde jovem, ela se interessava pelos sabores locais e passava horas experimentando receitas. Embora tivesse começado sua vida profissional como fotógrafa, Angeluci nunca deixou de se dedicar à culinária. Foi trabalhando como repórter fotográfica que ela se deu conta de uma oportunidade na gastronomia, ao perceber a falta de opções interessantes de restaurantes na Baía de Todos os Santos.
A virada na carreira aconteceu quando ela decidiu abrir o seu próprio restaurante na Ilha de Maré. Mesmo sem formação formal em gastronomia, a chef foi autodidata e se aprofundou em estudos e cursos, inclusive na Le Cordon Bleu, em Paris. Sua trajetória é marcada por desafios e conquistas, como o reconhecimento de grandes nomes da gastronomia, como o chef francês Claude Troigros, e a expansão do Preta para novas localizações.
Exposição ‘Avessos’
Como já mostrado pelo Portal M!, no mês de janeiro, Angeluci apresentou a mostra “Avessos”, no Hotel Fasano, em Salvador. A exposição, que traz uma perspectiva diferente, foca em personagens de costas, e é composta por 12 fotografias autorais.
Questionada sobre o processo de inspiração das fotografias, Angeluci ressaltou que se tratam de registros do seu cotidiano. Em entrevista ao Portal M!, ela também ressaltou que as pessoas foram fotografadas “de forma despretensiosa”.
“A fotografia, na verdade, está comigo o dia todo, sabe? Então, são fotografias do meu cotidiano, que eu fotografo pessoas de uma forma despretensiosa, todas de costas, que o nome é ‘Avesso’”, detalhou.
Na exposição, as fotografias de Preta capturam o mistério do outro, revelando cores, fantasias e marcas do tempo vivido. As imagens mostram não apenas os sonhos e fantasias das pessoas, mas também a realidade crua e permanente dos corpos.
“E nessas fotografias eu faço algumas intervenções, eu uso pinturas, objetos, e cada hora eu vou me descobrindo. Eu não sei nem te dizer [a inspiração], porque tudo depende da minha intuição naquele momento”, ressaltou.
Ela também falou sobre como os dois universos em que atua, fotografia e culinária, se misturam com sua vida. “O mundo é feito de imagens e a cozinha é uma emissão de cores e de olhares, assim de energia, de tudo”.
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