A data comemorativa do Dia dos Pais será uma grande oportunidade para aquecer o mercado baiano. Celebrada no próximo domingo (11), a expectativa é de crescimento de 8% nas vendas, em comparação com o ano passado.
De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA), os setores ligados ao período devem lucrar R$ 4,4 bilhões em agosto, um acréscimo de R$ 343 milhões para o mês em relação a 2023.
O aumento do número de baianos inseridos no mercado de trabalho está por trás da expectativa positiva, como explica Guilherme Dietze, consultor econômico da Fecomércio. “A população está tendo um ganho real de renda. São cerca de 70 mil pessoas a mais com carteira assinada do que no ano passado, na Bahia. Isso aumenta a intenção de consumo.”
Além do mercado de trabalho mais aquecido, a diminuição dos preços dos presentes, em relação ao ano anterior, também deve impulsionar as vendas, segundo Guilherme Dietze. Os aparelhos eletrônicos lideram a queda de preço com produtos como celulares (-10%), televisores (-7,78%) e computadores (-5,41%).
Quem planeja comprar bicicleta ou relógio de pulso também deve pagar mais barato. Os produtos registram queda de 8,87% e 5,08%, respectivamente. Os tênis estão 2,25% mais baratos, em média.
Na contramão da queda de preços, o setor de vestuário e calçados acumula alta em produtos como sapatos (5,05%), calças (3,31%) e bermudas (1,39%). Os vilões são os produtos para a pele, com aumento médio de 15,29%, e os livros não didáticos, com alta de 13%.
“Um bom motivo para o otimismo do varejo, neste Dia dos Pais, é a desaceleração dos preços. A cesta de produtos relacionados a esta data mostra uma tendência de crescimento de 3%, bem diferente dos anos anteriores, quando chegou a 8%”, analisa Fábio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O aumento esperado nas vendas para este ano, na Bahia, é o maior entre todos os estados brasileiros, segundo a CNC. Com expectativa de acréscimo de 8%, a Bahia está à frente de Santa Catarina (5,7%) e Rio de Janeiro (5,6%).