A Bahia reafirma sua posição de destaque no agronegócio nacional, com sete municípios entre as 50 cidades de maior valor de produção agrícola do país. São eles: São Desidério, Formosa do Rio Preto, Barreiras, Correntina, Luís Eduardo Magalhães, Juazeiro e Riachão das Neves. Juntas, essas cidades somam R$ 23,17 bilhões em valor de produção, colocando o estado como segundo no ranking nacional e líder absoluto do Nordeste, conforme dados da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), do IBGE.

Para o secretário de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), Pablo Barrozo, o resultado reflete o potencial e a força do campo baiano, resultado de um trabalho conjunto entre produtores e poder público.

“Temos investido fortemente em tecnologia, infraestrutura, assistência técnica e políticas públicas que chegam efetivamente ao produtor. A meta é seguir avançando, com o setor produtivo e o governo lado a lado, para que a Bahia continue sendo destaque e referência no agronegócio brasileiro”, afirma Barrozo.

Liderando o desempenho baiano, São Desidério, no Oeste do estado, ocupa a segunda posição nacional, com R$ 6,64 bilhões em valor de produção, impulsionado principalmente pela soja, responsável por mais da metade desse total (R$ 3,7 bilhões).

Na mesma região, Formosa do Rio Preto aparece em 7º lugar, com R$ 4,89 bilhões; Barreiras, em 18º, com R$ 3,05 bilhões; Correntina, em 27º, com R$ 2,42 bilhões; Luís Eduardo Magalhães, em 28º, com R$ 2,4 bilhões; e Riachão das Neves, em 50º, com R$ 1,79 bilhão. Nessas cidades, a produção é dominada por grãos e algodão, com destaque para soja e milho.

No Norte do estado, Juazeiro também figura entre os maiores produtores do país, ocupando a 41ª posição com R$ 1,98 bilhão em valor de produção. O município é referência nacional em fruticultura irrigada, com ênfase na produção de manga e uva.

Fruticultura e cacau impulsionam produção agrícola baiana

Na fruticultura, a Bahia mantém liderança e amplia sua presença no cenário nacional. Juazeiro segue como referência ao liderar a produção brasileira de manga, com R$ 1,037 bilhão em valor agrícola. Já o município de Casa Nova teve um salto de 120% e se consolidou como o segundo maior polo fruticultor da Bahia, atingindo R$ 1,007 bilhão.

Outros produtos também registraram altas significativas. O café canephora, cultivado principalmente na Chapada Diamantina, teve valorização de 54%, totalizando R$ 2,286 bilhões. A produção de uva, concentrada no Norte do estado, também cresceu, com acréscimo de R$ 635 milhões em valor.

A Bahia ainda lidera a produção de maracujá no Brasil, responsável por 35% da safra nacional e R$ 620 milhões em valor gerado. No cultivo de guaraná, o estado domina 63,3% da produção brasileira, movimentando R$ 27 milhões. Já o município de Rio Real se destaca no Nordeste com a maior produção de laranja, somando 241 mil toneladas e R$ 266 mil em valor agrícola.

Soja segue como carro-chefe do agronegócio

Mesmo com uma leve queda de 4,5%, a soja continua sendo o produto de maior peso econômico na agricultura baiana, respondendo por R$ 14,4 bilhões do total estadual. O município de São Desidério, no Oeste, reafirma seu protagonismo ao conquistar o 2º maior valor agrícola do Brasil, com R$ 6,6 bilhões.

O avanço do agronegócio baiano reflete o equilíbrio entre diversificação produtiva, inovação e sustentabilidade, consolidando a Bahia como líder do Nordeste e referência nacional no campo.