Aumento da dívida pública pode impactar PIB e saúde financeira das empresas, aponta estudo
Levantamento é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)

A cada aumento de 1 ponto percentual na dívida pública em relação ao PIB, o país perde cerca de R$ 1,3 bilhão ao ano, o que impacta diretamente a capacidade de investimento do setor privado e elevando o custo do crédito. É o que aponta um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que aponta que o crescimento descontrolado da dívida pública nos próximos 50 anos afetará o Produto Interno Bruto (PIB) e a saúde financeira das empresas brasileiras.
O Brasil registrou um crescimento de 84% em sua dívida na última década, impulsionado por um aumento de 53% nos gastos públicos, contrastando com um crescimento de apenas 35% nas receitas. Essa discrepância gerou déficits consecutivos, exigindo maior endividamento governamental e aumentando a pressão sobre o setor produtivo, já afetado por altas taxas de juros e uma carga tributária significativa, equivalente a quase 33% do PIB.
A CNC lançou uma campanha para destacar a necessidade de reduzir a dívida pública e implementar reformas estruturais, como a reforma administrativa, para evitar o aumento da carga tributária e a estagnação econômica. “Sem uma revisão nos gastos públicos, o setor privado será diretamente afetado pela alta dos impostos, comprometendo sua capacidade de competir e crescer”, afirmou José Roberto Tadros, presidente da CNC.
A Confederação defende que a reforma administrativa é fundamental para a sobrevivência das empresas brasileiras, evitando um cenário de endividamento que pode alcançar 100% do PIB até 2033. Além disso, o descompasso entre o crescimento das despesas e das receitas alimenta um círculo vicioso de endividamento, que eleva o custo financeiro e limita investimentos em setores estratégicos como infraestrutura, saúde e educação, essenciais para a competitividade do país.
De acordo com Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, a dívida pública passou de 45,3% do PIB em 2008 para 77,8% em 2023, com tendência de alta contínua. Isso gera um impacto direto nas empresas, que enfrentam maiores custos de crédito e uma retração de investimentos. A situação é vista como um obstáculo para o desenvolvimento econômico do país e a competitividade global das empresas brasileiras.
A CNC projeta que a reforma administrativa poderia gerar uma economia de R$ 330 bilhões em dez anos, atraindo novos investimentos e promovendo a privatização de setores estratégicos. Cada aumento de 10 p.p. na dívida pública resulta numa queda de 0,12 p.p. no crescimento econômico anual, o que prejudica o desempenho e a capacidade de inovação das empresas.
Tadros ainda ressaltou que “o empresariado será o mais prejudicado se não houver uma solução imediata para a questão fiscal, pois a deterioração econômica eleva o risco-país, inibe novos negócios e afasta investidores”.
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