Von der Leyen ataca Putin por falta a negociações de paz e anuncia novas sanções contra Rússia
Entre as medidas, estão ações contra frota paralela de navios cargueiros antigos, usada pela Rússia para burlar restrições internacionais

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reafirmou, nesta sexta-feira (16), o compromisso da União Europeia (UE) em intensificar as sanções econômicas contra a Rússia, em resposta à ausência do presidente Vladimir Putin nas recentes negociações de paz realizadas na Turquia. A declaração foi feita durante encontros paralelos à cúpula europeia sobre segurança, realizada na Albânia, e reforça o posicionamento do bloco em pressionar Moscou a buscar uma solução negociada para o conflito na Ucrânia.
Pressão diplomática e econômica contra Moscou
Von der Leyen classificou a ausência de Putin nas negociações como uma demonstração clara de sua “falta de interesse pela paz”. Segundo a chefe do executivo europeu, enquanto o presidente ucraniano Volodimir Zelenski se mostrou disponível para iniciar um cessar-fogo e dialogar diretamente com a Rússia, o governo russo segue adotando uma postura intransigente.
“Portanto, aumentaremos a pressão até que Putin esteja pronto para a paz”, afirmou.
Entre as medidas que compõem o novo pacote de sanções estão ações contra a frota paralela de navios cargueiros antigos, usada pela Rússia para burlar restrições internacionais, além de novas limitações sobre o consórcio do gasoduto Nord Stream. A UE também planeja reduzir o teto de preços do petróleo russo e impor mais controles ao setor financeiro do país. A expectativa é que os ministros das Relações Exteriores do bloco aprovem as medidas já na próxima terça-feira (20).
Reações dos líderes europeus
Além de von der Leyen, outros chefes de Estado e de governo europeus condenaram a atitude do presidente russo em não participar das negociações e reforçaram a necessidade de pressão contínua sobre Moscou.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, qualificou a decisão de Putin como um “erro” e afirmou que “toda a pressão agora está sobre ele”. Rutte ressaltou que o presidente russo precisa levar “a sério o desejo de paz” manifestado pela comunidade internacional.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, acusou Putin de “enrolar” para firmar um acordo de paz, enquanto a premiê da Itália, Giorgia Meloni, defendeu a manutenção dos esforços diplomáticos, destacando que o bloco europeu deve insistir na busca por um “cessar-fogo incondicional” acompanhado de garantias de segurança para a Ucrânia.
Presença e ausência nas negociações
Enquanto o presidente Zelenski chegou à cúpula na Albânia sem se manifestar publicamente, caminhando ao lado do primeiro-ministro albanês, Edi Rama, Vladimir Putin permanece ausente não apenas das negociações na Turquia, mas também da própria cúpula europeia, à qual a Rússia não foi convidada, assim como Belarus, seu aliado no conflito.
A exclusão da Rússia reforça o isolamento diplomático do país no contexto europeu e evidencia a divisão do continente em torno do conflito ucraniano. A próxima reunião da Comunidade Política Europeia (EPC), que inclui um grupo mais amplo de países, está programada para ocorrer na Dinamarca ainda este ano, sem previsão de participação russa.
Comentários de líderes globais
No cenário internacional, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encerrou uma visita ao Oriente Médio nesta sexta reafirmando sua compreensão sobre a ausência de Putin nas negociações. Trump declarou a intenção de manter contato direto com o presidente russo em breve, afirmando que “Vamos resolver isso ou não, mas ao menos saberemos. Se não resolvermos, será bem interessante”.
O presidente americano ressaltou que a conversa direta com Moscou pode acontecer em breve, reforçando o papel dos Estados Unidos como interlocutor potencial na crise.
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