Trump celebra aniversário do Exército com desfile militar histórico enquanto protestos tomam os EUA
Evento incluiu exibição de tanques, mísseis e aeronaves, ocorrendo enquanto manifestantes em diferentes regiões do país protestavam contra o governo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participou, neste sábado (14), de um desfile militar em Washington para celebrar o 250º aniversário do Exército dos Estados Unidos. O evento incluiu a exibição de tanques, mísseis e aeronaves, ocorrendo enquanto manifestantes em diferentes regiões do país protestavam contra o que classificam como ações antidemocráticas do governo.
A celebração ocorreu em meio a um clima de tensão nacional, mas a primeira hora do desfile transcorreu sem incidentes. O público, que enfrentou longas horas de espera sob clima úmido, manteve-se calmo, apesar de o nível de animação ser considerado baixo por alguns presentes.
Recado aos ‘inimigos’
Ao final do desfile, Trump enviou recados a ‘inimigos’ que desafiam o país. “Repetidamente, os inimigos dos Estados Unidos aprenderam que, se vocês ameaçarem o povo americano, nossos soldados virão atrás de vocês. Sua derrota será certa. Seu fim será definitivo, e sua queda será total e completa. Nossos soldados nunca desistem, nunca se rendem e nunca desistem”, disse. “Eles lutam, lutam, lutam e vencem, vencem, vencem”.
Trump disse ainda que “o Exército dos EUA enfiou baionetas no coração de impérios malignos. O Exército nos mantém livres, nos torna fortes”, destacou.
No discurso ainda brincou. “Somos o país mais gostoso do mundo no momento”, disse o presidente.
Estrutura de segurança e clima político
O centro da capital americana foi isolado por barreiras altas e cercas pretas para controlar o acesso e garantir a realização ininterrupta do evento, o primeiro desse porte desde o retorno das tropas da Guerra do Golfo, em 1991. Durante o sábado, a entrada e saída de espectadores foi controlada, e o desfile teve início com 30 minutos de atraso devido à previsão de tempestades. Em publicação no Truth Social, Trump afirmou que o desfile aconteceria “faça chuva ou faça sol“.
Coincidindo com seu 79º aniversário, Trump revelou antes do início do desfile que recebeu votos de felicitações do presidente da Rússia, Vladimir V. Putin. Segundo o presidente americano, os dois discutiram o conflito entre Israel e Irã durante a ligação.
Na fase inicial da cerimônia, o público acompanhou uma apresentação histórica com uniformes e equipamentos antigos. A narração destacava as principais vitórias militares dos Estados Unidos, em vez de concentrar-se na exibição de armamento moderno.
Protestos silenciosos em Washington
Enquanto o desfile ocorria, manifestantes organizaram atos contrários ao presidente. O maior protesto em Washington foi silencioso, estratégia confirmada pelos organizadores. Durante a semana, Trump havia declarado que possíveis manifestações durante o evento seriam recebidas com “força muito pesada“.
Mesmo assim, centenas de pessoas participaram da marcha “Refuse Fascism” (Recuse o Fascismo), que partiu de um shopping da cidade na tarde de sábado. “Desafio aceito”, afirmou Bart Heird, 64 anos, veterano da Marinha de Maryland, ao comentar a convocação presidencial.
A manifestação começou em Logan Circle com discursos e cantos, seguindo pelas ruas da cidade. O trajeto incluiu áreas decoradas com bandeiras do arco-íris em celebração ao mês do Orgulho LGBTQIA+. O protesto terminou na Lafayette Square, em frente à Casa Branca, local de confrontos durante o movimento Black Lives Matter em 2020.
Tensão e memórias de protestos anteriores
Durante o ato, uma breve discussão com um apoiador de Trump foi controlada pela polícia, sem maiores incidentes. Os organizadores destacaram a presença de veteranos que não apoiaram o desfile, enquanto muitos manifestantes agitavam bandeiras americanas.
Havia preocupação entre alguns participantes quanto à segurança da marcha, após confrontos recentes com a polícia em protestos em Los Angeles. No entanto, para muitos, a participação em manifestações contra o governo Trump tornou-se frequente nos últimos nove anos.
Emily Neuwirth, de 20 anos, compareceu ao protesto segurando um cartaz com os dizeres “Sorry, Not Into Men or Monarchy” (Desculpe, não gosto de homens ou monarquia). Ela recordou sua participação na primeira Marcha das Mulheres em 2017, quando ainda era criança. “É uma loucura que ainda tenhamos que fazer isso“, declarou.
Manifestações em diversas cidades
Além da capital, protestos ocorreram em várias cidades dos Estados Unidos no sábado. Em Atlanta, a manifestação “No Kings”, com capacidade para 5 mil pessoas, atingiu o limite de público. Milhares de outros manifestantes permaneceram fora das barreiras para acompanhar os discursos em frente ao Capitólio estadual.
Em Los Angeles, manifestantes reuniram-se em frente à Prefeitura, enquanto em Little Rock, no Arkansas, o grupo cruzou uma ponte sobre o Rio Arkansas em direção ao centro da cidade.
Segundo os organizadores, os atos ocorreram em cerca de 2 mil localidades em todo o país, abrangendo desde pequenas cidades a capitais estaduais, praças públicas e escadarias de tribunais.
Marchas pacíficas e presença da polícia
Em Los Angeles, um grupo avançou por Little Tokyo, no centro, evitando a região dos prédios federais, onde havia uma ordem de dispersão emitida anteriormente. Lojas e estabelecimentos foram fechados por precaução após protestos durante a semana, mas a marcha de sábado permaneceu pacífica.
Em Seattle, a Polícia local registrou a presença de “dezenas de milhares” de manifestantes no protesto “No Kings”. A multidão percorreu mais de 1,5 quilômetro de vias urbanas. O departamento informou que, até o fim da manifestação, “não houve um único relato de danos à propriedade“.
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