Perdão para P. Diddy? Trump quebra silêncio sobre possível gesto para rapper acusado de crimes graves
Presidente dos EUA afirmou que precisaria conhecer melhor a situação antes de tomar qualquer decisão

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, na sexta-feira (30), durante evento na Casa Branca, pode considerar a possibilidade de conceder perdão ao rapper Sean “Diddy” Combs, mais conhecido como “P. Diddy”. Trump, entretanto, ressaltou que precisaria conhecer melhor a situação antes de tomar qualquer decisão. “Primeiro, eu daria uma olhada no que está acontecendo”.
O rapper é réu em um processo de violência e tráfico sexual contra diversas mulheres, algumas delas, segundo o processo criminal, eram menores de idade quando foram agredidas.
Trump fala sobre relação com Diddy
Ao ser questionado sobre a relação com o artista acusado, o presidente norte-americano mencionou o relacionamento pessoal que já teve com Diddy. “Ele gostava muito de mim, mas acho que quando me candidatei, esse relacionamento acabou”, declarou. O republicano ressaltou ainda que até agora não havia sido oficialmente abordado sobre o assunto: “Ninguém perguntou. Eu sei que as pessoas estão pensando nisso. Eu olharia os fatos”.
As declarações ocorrem em meio a informações divulgadas neste mês pela revista americana Rolling Stone, que apontou que amigos e aliados de Sean Combs vêm se aproximando de pessoas próximas a Trump com o objetivo de solicitar clemência ou um possível perdão presidencial.
O rapper foi preso em setembro do ano passado, acusado de associação ilícita, tráfico sexual e envolvimento com uma rede de prostituição. Ele se declara inocente de todas as acusações.
Aliados pressionam Trump, que se mantém cauteloso
Desde a vitória de Trump nas eleições de novembro, aliados do rapper intensificaram os esforços para se aproximar do ex-presidente e sua equipe, buscando uma eventual intervenção no caso. A possibilidade de um perdão presidencial vem sendo considerada, embora Trump tenha deixado claro que, até o momento, não recebeu nenhum pedido formal.
O julgamento de Diddy começou no último dia 5 de maio, com a escolha dos jurados que decidirão se o rapper é inocente ou culpado.
A expectativa sobre um eventual gesto de clemência por parte de Trump aumenta, assim como as tensões em torno de um dos processos criminais mais midiáticos envolvendo uma figura da indústria musical americana.
Novas acusações ampliam risco de prisão perpétua para o rapper
Em abril, poucos dias antes do julgamento ser iniciado, promotores federais apresentarem mais duas acusações criminais contra Combs. De acordo com documentos judiciais, ele foi indiciado por mais um crime de tráfico sexual e um crime adicional de transporte para envolvimento em prostituição, ambos relacionados à chamada “Vítima-2”. Segundo as autoridades, esses atos ocorreram entre 2021 e 2024.
A maioria das vítimas denuncia o rapper e irão prestar testemunho de forma anônima. Segundo informações, as vítimas tem medo de possíveis reações de pessoas próximas ao réu e preferem manter suas identidades em anonimato.
Com isso, o rapper agora enfrenta um total de cinco acusações federais: conspiração para extorsão, transporte para prostituição e três acusações de tráfico sexual envolvendo duas vítimas distintas. A seleção do júri para o julgamento está prevista para começar no dia 5 de maio, em Nova York.
Segundo o Ministério Público, Combs e seus associados exploravam sua posição de poder para coagir mulheres, sob o pretexto de relacionamentos românticos, a participarem de atos sexuais. Os promotores detalham que, durante esses encontros, denominados “Freak Offs”, as vítimas eram drogadas e forçadas a manter relações com prostitutos masculinos, muitas vezes com os eventos sendo filmados.
Defesa nega crimes e reforça narrativa de consensualidade
Os advogados de Sean Combs se manifestaram oficialmente sobre as novas acusações, afirmando que não há qualquer novidade nas alegações. “Essas não são novas alegações nem novos acusadores. São as mesmas pessoas, ex-namoradas de longa data, que estiveram em relacionamentos consensuais. Essa era a vida sexual privada deles, definida pelo consentimento, não pela coerção”, declararam em nota.
A defesa de Combs sustenta que os encontros sexuais mencionados no processo eram consensuais e que o rapper jamais cometeu os crimes pelos quais está sendo acusado. Os advogados também criticam a conduta do Ministério Público, que, segundo eles, tenta reforçar uma narrativa distorcida para prejudicar a imagem do artista.
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