Trégua histórica: EUA e China reduzem tarifas após guerra comercial intensa
Acordo provisório prevê corte de tarifas para 10% por 90 dias; retomada do diálogo visa conter prejuízos bilionários

Após meses de embates e sucessivas elevações nas tarifas de importação, os Estados Unidos e a China firmaram, nesta segunda-feira (12), um acordo provisório que reduz drasticamente as taxas bilaterais. A confirmação do acordo foi feita pelo secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, em coletiva de imprensa ao lado do representante comercial Jamieson Greer. As informações são do G1.
Trégua de 90 dias na guerra comercial
Os representantes dos presidentes Trump e Xi Jinping se encontraram, neste último domingo (11), na Suíça, para discutir saídas diplomáticas para a crise. Segundo agências internacionais, no encontro ficou definido um período de trégua de 90 dias, durante o qual ambas as nações manterão tarifas reduzidas em 10% sobre os produtos importados, representando um recuo de 100% em relação às alíquotas anteriormente praticadas.
Bessent destacou que o encontro foi produtivo e que os dois lados defenderam com firmeza seus interesses nacionais. O secretário também afirmou que o consenso entre as delegações é o de que não há intenção de promover um desacoplamento econômico. “O que havia ocorrido com essas tarifas altíssimas era o equivalente a um embargo. Nenhum dos lados quer isso. Queremos o comércio”, enfatizou.
Escalada da guerra tarifária
A tensão teve início no começo de abril, quando o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou um pacote de tarifas contra diversas nações, com foco especial na China. O país asiático foi penalizado com uma taxa inédita de 34%, que se somava aos 20% já em vigor sobre produtos chineses, elevando a alíquota total para 54%.
Em resposta, o governo chinês anunciou a imposição de tarifas adicionais de 34% sobre todos os produtos originários dos Estados Unidos. A medida aumentou o tom da retaliação, transformando o impasse comercial em um verdadeiro conflito econômico.
Por sua vez, a Casa Branca elevou, no dia 8 de abril, ainda mais a pressão, com Trump estabelecendo um prazo para que a China retirasse suas tarifas. Como Pequim não recuou, os EUA responderam com um novo aumento de 50 pontos percentuais, elevando o total de tarifas para 104%.
Respostas severas e novas elevações
A China manteve sua posição e, no dia 9 de abril, reagiu elevando sua tarifa sobre produtos americanos de 34% para 84%, igualando a nova alíquota imposta pelos EUA. A retaliação mútua, no entanto, não parou por aí. Ainda no mesmo dia, Trump afirmou que a “pausa” nas sanções para outros países não incluiria a China e aumentou novamente os impostos para 125%.
Já no dia seguinte, 10 de abril, o governo norte-americano detalhou que os 125% anunciados somavam-se à tarifa anterior de 20%, totalizando uma alíquota inédita de 145% sobre produtos chineses. Em resposta imediata, no dia 11 de abril, Pequim elevou sua tarifa para o mesmo patamar de 125% sobre os bens americanos.
Trump anuncia acordo com Reino Unido
Donald Trump confirmou, na última quinta-feira (8), o primeiro acordo tarifário de seu novo mandato com o Reino Unido. A informação foi divulgada por ele mesmo por meio de uma série de publicações na rede Truth Social, onde classificou a iniciativa como um marco na relação bilateral e afirmou que o tratado é “abrangente e completo”.
Segundo Trump, o Reino Unido foi escolhido como o primeiro país a firmar esse tipo de acordo por causa da longa aliança entre as duas nações. “Por nossa longa história e aliança, é uma honra que o Reino Unido seja o nosso primeiro anúncio. Muitos outros acordos, que estão em estágios sérios de negociação, estão por vir!”, escreveu.
Trump classificou o dia como “grande e animador” para os Estados Unidos e para o Reino Unido, e prometeu que novas parcerias comerciais serão reveladas em breve. As declarações sinalizam uma tentativa de reposicionar os EUA no comércio global e reforçar a política de acordos bilaterais, característica da gestão anterior do republicano.
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