Primeiro-ministro Michel Barnier é removido do cargo após moção de censura na França
Medida contou com apoio das extremidades ideológicas do Parlamento

A Assembleia Nacional da França aprovou, nesta quarta-feira (4), uma moção de censura que resultou na destituição do primeiro-ministro Michel Barnier, apenas 90 dias após sua nomeação. A medida contou com apoio das extremidades ideológicas do Parlamento, com 331 votos favoráveis entre os 577 deputados. Esse foi o gabinete mais breve desde 1958.
Antes da votação, Barnier discursou no plenário, destacando os impactos da decisão no contexto econômico do país. “Esta moção de censura deixará tudo mais grave e mais difícil”, declarou. Em tom de despedida, citou Antoine de Saint-Exupéry: “Cada um é responsável por todos. Cada um é o único responsável. Cada um é o único responsável por todos”.
A saída do premiê o mantém no cargo apenas para gerir questões administrativas até que o presidente Emmanuel Macron anuncie um sucessor. Entre os possíveis indicados estão François Bayrou, veterano centrista aliado de Macron; Sébastien Lecornu, atual ministro do Exército; e Bernard Cazeneuve, ex-primeiro-ministro de esquerda moderada. Há ainda a possibilidade de Barnier ser convidado a formar um novo gabinete.
A principal motivação para a moção de censura foi a decisão de Barnier de adotar o orçamento de 2025 sem submetê-lo à votação no Parlamento, utilizando o artigo 49, alínea 3, da Constituição francesa, conhecido como “49.3”. Esse recurso foi acionado após negociações frustradas com Marine Le Pen, líder da ultradireita, para aprovação do orçamento.
O orçamento proposto previa cortes de € 18 bilhões (cerca de R$ 115 bilhões), mas enfrentou resistência do partido de Le Pen, a Reunião Nacional (RN), que exigiu mudanças como o cancelamento do aumento nas contas de luz. Embora algumas exigências tenham sido atendidas, outras não foram aceitas, o que levou Le Pen a votar pela censura.
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