O exército de Israel declarou, nesta terça-feira (1º), que iniciou uma operação contra alvos do Hezbollah no sul do Líbano, afirmando que trata-se de uma ação “limitada e localizada” contra a milícia xiita radical. Em comunicado, as Forças de Defesa Israelenses (FDI) revelaram que os ataques estão concentrados próximo à fronteira israelense e foram atingidos locais que “representm uma ameaça imediata às comunidades israelenses no norte” do país.
“Esses alvos estão localizados em vilarejos próximos à fronteira e representam uma ameaça imediata às comunidades israelenses no norte de Israel”, afirmou o comunicado do FDI, que também revelou que o ataque foi dividido entre as forças terrestres, aéreas e de artilharia.
O Hezbollah, por sua vez, informou que também realizou ataques contra soldados israelenses que estavam “em movimento” perto da fronteira libanesa. Sirenes de foguetes foram tocadas em vilarejos próximos à fronteira com o norte de Israel, além de soldados do exército libanês terem sido posicionados perto do local.
O Exército israelense declarou uma “zona militar fechada” nas cidades de Metula, Misgav Am e Kfar Giladi, proibindo a entrada na área, e ordenou a retirada de moradores de bairros ao sul de Beirute. Israel também relatou que cerca de dez projéteis foram disparados do Líbano, sendo alguns interceptados e outros caindo em áreas desabitadas.
A incursão dos soldados israelenses foi aprovada por líderes políticos do país, marcando uma nova fase na guerra entre Israel e o grupo xiita radical. Porta-vozes do Departamento de Estado Americano declararam também que os EUA foram informados previamente sobre a operação militar, no que foi descrito como “operações limitadas focadas na infraestrutura do Hezbollah perto da fronteira”. Em resposta, o Hezbollah prometeu continuar lançando foguetes contra Israel até que haja um cessar-fogo em Gaza, mesmo após mortes de lideranças do grupo xiita durante bombardeio.
Ajuda humanitária
O Líbano e as Nações Unidas fizeram, nesta terça-feira, um apelo de ajuda humanitária de US$ 426 milhões, com o objetivo de destinar este valor para os civis atingidos pelo conflito. O apelo foi feito pelo primeiro-ministro interino libanês Najib Mikati, que definiu a situação como “um dos momentos mais perigosos de sua história” do Líbano. Ele declarou ainda que cerca de 1 milhão de pessoas tiveram que ser deslocadas e retiradas de suas casas.
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