Israel ataca instalações nucleares do Irã e mata generais e cientistas em operação preventiva
Irã reage com lançamento de drones e classifica ação como declaração de guerra; ONU e Rússia condenam ofensiva israelense

Na noite desta quinta-feira (12), Israel lançou um ataque de grandes proporções contra o Irã, mirando instalações militares e nucleares com o objetivo declarado de desarticular o programa atômico iraniano. A ação, classificada como “preventiva” pelas autoridades israelenses, matou pelo menos três dos principais generais iranianos e seis cientistas nucleares de alto escalão. A ofensiva foi seguida, horas depois, por uma retaliação iraniana com o lançamento de mais de 100 drones contra o território israelense.
Segundo fontes militares de Israel, “todos os sistemas de defesa estão funcionando para eliminar as ameaças”. Ainda durante a madrugada, sirenes de ataque aéreo foram acionadas em várias regiões do país, mas a maioria dos drones foi interceptada, de acordo com o exército israelense. “Temporariamente, a ameaça está sob controle”, declarou um oficial à agência EFE.
As autoridades iranianas já confirmaram que o ataque de Israel matou cerca de 78 pessoas e deixou dezenas de feridos.
Carta à ONU e condenação internacional
Em resposta aos ataques, o Irã enviou uma carta ao Conselho de Segurança das Nações Unidas classificando a ação israelense como uma “declaração de guerra”. O documento pede intervenção urgente da comunidade internacional para conter a escalada militar entre os dois países. Além disso, o país também retalhou o ataque contra Israel, enviando drones para um contra-ataque, que foram abatidos pelas autoridades israelenses.
A Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança, condenou duramente a operação israelense. Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que “ataques militares não provocados contra um Estado soberano membro da ONU, seus cidadãos, cidades pacíficas e infraestrutura de energia nuclear são categoricamente inaceitáveis”.
Ofensiva planejada e “janela de oportunidade”
De acordo com a correspondente da Deutsche Welle em Jerusalém, Tania Kraemer, Israel teria aproveitado uma “janela de oportunidade” aberta após o enfraquecimento dos sistemas de defesa aérea iranianos em bombardeios realizados em outubro do ano passado. A ação ocorre no momento em que negociações nucleares entre Israel e Estados Unidos estavam em curso, mas agora seu futuro é incerto. Uma nova rodada de conversas estava marcada para domingo (15), sem confirmação de que será mantida.
Vítimas cientistas e líderes militares iranianos
A agência estatal iraniana Tasnim confirmou os nomes dos seis cientistas mortos no ataque: Abdolhamid Minouchehr, Ahmadreza Zolfaghari, Amirhossein Feqhi, Motalleblizadeh, Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoun Abbasi. Tehranchi era presidente da Universidade Islâmica Azad e Abbasi já chefiou a Organização de Energia Atômica do Irã, sendo ambos figuras centrais no desenvolvimento científico do país.
Além disso, Israel afirmou ter eliminado figuras de alta patente do regime iraniano, como o general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas; o general Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária; e o general Gholam Ali Rashid, responsável pela base aérea de Khatam al-Anbiya.
Drones retaliatórios e impacto na população
Logo após os bombardeios, o Irã retaliou lançando mais de 100 drones em direção a Israel. A maioria foi interceptada, segundo os militares israelenses, que afirmam ter evitado um desastre maior. A população civil foi orientada a buscar abrigos no início da manhã, mas, por volta das 11h (horário local), foi informada de que não era mais necessário manter-se nas áreas de proteção.
A retaliação incluiu drones armados e provocou alarme generalizado no território israelense. Ainda não há informações precisas sobre danos materiais ou vítimas civis provocadas pelo contra-ataque iraniano.
Alertas de Israel
Após o ataque, o governo israelense mandou que todas as embaixadas ao redor do mundo fosse fechadas temporariamente e que cidadãos israelenses que estiverem em outros países fiquem em estado de alerta e não exibam sinais tradicionalmente judaicos, para evitar qualquer retaliação, no que chamou de atos antissemitas.
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