Incêndios na Califórnia deixam 16 mortos
Ventos intensos aumentam risco em Los Angeles e atrasam combate aos incêndios

Os fortes ventos de Santa Ana voltaram a intensificar os incêndios florestais em Los Angeles neste domingo (12), agravando uma crise que já dura quase uma semana. Os incêndios devastaram mais de 160 km², destruíram milhares de propriedades e resultaram em pelo menos 16 mortes confirmadas até agora.
Os focos mais preocupantes, identificados como os incêndios Palisades e Eaton, continuam a desafiar os bombeiros, que têm contado com apoio de outros estados, México e Canadá. Com a previsão de ventos ainda mais fortes nos próximos dias, o avanço das chamas ameaça áreas densamente povoadas e pontos emblemáticos da cidade.
Avanço dos incêndios e impactos na população
Ventos de Santa Ana dificultam contenção das chamas
As rajadas de vento do deserto de Santa Ana, típicas da região, estão impulsionando os focos de incêndio e complicando os esforços das equipes de emergência. Autoridades alertaram que as condições climáticas desfavoráveis devem persistir até a quarta-feira (15), aumentando os riscos para os moradores e dificultando o trabalho de contenção.
Áreas sob maior ameaça
Os incêndios ameaçam importantes marcos da cidade, como o Museu J. Paul Getty e a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). Outro ponto crítico é a possibilidade das chamas atravessarem a rodovia Interstate 405, colocando Hollywood Hills e o Vale de San Fernando em perigo iminente.
As evacuações já atingiram cerca de 150 mil pessoas, e muitas famílias retornaram apenas para encontrar suas casas reduzidas a cinzas. “Tudo se foi”, lamentou Jose Luis Godinez, morador de Altadena, que perdeu três residências familiares no incêndio.
Esforços de contenção e apoio internacional
Mais de 14 mil bombeiros, 1.354 caminhões e 84 aeronaves estão mobilizados no combate às chamas. Apesar dos esforços, apenas 11% do maior foco, o incêndio Palisades, foi contido até agora.
O apoio internacional tem sido crucial para aliviar a pressão sobre as equipes locais. O México enviou bombeiros e equipamentos, com a presidente Claudia Sheinbaum destacando a solidariedade do país vizinho. Já o Canadá contribuiu com aeronaves especializadas, como destacou o primeiro-ministro Justin Trudeau em uma publicação nas redes sociais.
Autoridades sob pressão por falhas na resposta
A crise desencadeou uma onda de críticas às lideranças locais e estaduais. A prefeita de Los Angeles, Karen Bass, enfrenta acusações de má gestão, enquanto o governador da Califórnia, Gavin Newsom, ordenou investigações sobre problemas na infraestrutura de combate aos incêndios, como hidrantes sem água e reservatórios fora de operação.
Kristin Crowley, chefe do Corpo de Bombeiros de Los Angeles, destacou a falta de recursos como um obstáculo significativo. “Quando um bombeiro chega a um hidrante, esperamos que haja água. Essa falha é inadmissível”, declarou.
Incêndio como tema político nacional
A gestão da crise em Los Angeles também ganhou destaque no cenário político dos Estados Unidos. O presidente eleito Donald Trump criticou a resposta do estado, atribuindo a situação a “políticos incompetentes”. O contexto inflamou ainda mais o debate sobre os desafios de governança na Califórnia, um reduto democrata.
Desafio em escala histórica
Com 16 mortes confirmadas, mais de 160 km² devastados e milhares de desabrigados, os incêndios florestais em Los Angeles representam uma das maiores crises enfrentadas pela cidade em décadas. A combinação de condições climáticas adversas, falhas logísticas e pressões políticas aumenta a complexidade da resposta à emergência.
Embora as equipes de resgate e os bombeiros trabalhem incansavelmente, a recuperação das áreas afetadas e o fortalecimento das medidas preventivas serão cruciais para evitar tragédias futuras. Com o apoio internacional e os esforços locais, a Califórnia enfrenta o desafio de superar este momento crítico.
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