Um guarda-costas do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, foi detido esta semana sob a acusação de ter feito apostas sobre a data das eleições no Reino Unido, um dia antes do anúncio oficial. Esse incidente marca o segundo caso de suspeitas de apostas na data das eleições durante a campanha atual. Simultaneamente, um assessor de Sunak admitiu estar sob investigação pelo mesmo motivo.

A Polícia Metropolitana anunciou, nesta quarta-feira (19), que um oficial do Comando de Realeza e Proteção Especializada foi preso na segunda-feira (17), por suspeita de má conduta no serviço público. A prisão ocorreu após a intervenção da Comissão de Jogos, responsável pela regulamentação do setor de apostas, que estava investigando possíveis violações relacionadas à data das eleições.

Sunak surpreendeu muitos membros do Partido Conservador em 22 de maio ao anunciar que as eleições parlamentares seriam realizadas em 4 de julho, uma data mantida em sigilo até então. A maioria dentro do partido esperava que as eleições ocorressem mais tarde, durante o segundo semestre.

As apostas são uma prática popular no Reino Unido, abrangendo desde eventos esportivos até resultados de eleições e premiações literárias. No entanto, é considerado crime utilizar informações privilegiadas para influenciar apostas.

O oficial detido foi libertado sob fiança enquanto aguarda o desenrolar das investigações policiais e foi afastado de suas funções durante esse período. A polícia britânica não costuma divulgar a identidade de suspeitos antes que sejam formalmente acusados.

Na semana passada, Craig Williams, assessor de Sunak e candidato à reeleição no Parlamento, admitiu estar sob investigação da Comissão de Jogos por ter feito uma aposta de 100 libras na data das eleições de julho, apenas três dias antes do anúncio oficial por parte do primeiro-ministro.

O jornal The Guardian informou que a Comissão de Jogos solicitou às casas de apostas revisar todas as apostas feitas para as eleições de julho, após indícios de que Williams havia feito sua aposta com base em informações privilegiadas.

Williams declarou estar cooperando integralmente com as investigações, desejando não se tornar uma distração na campanha eleitoral.