Franceses vão às urnas neste domingo para decidir se extrema direita chegará ao poder

A França vota neste domingo (7) eleições cruciais que poderão dar uma vitória histórica ao Rally Nacional de extrema-direita de Marine Le Pen e à sua visão voltada para dentro e anti-imigrante – ou produzir um parlamento suspenso e anos de impasse político.

Além das repercussões internas, as eleições antecipadas deste domingo têm potencial impacto na guerra na Ucrânia, nas relações diplomáticas globais e na estabilidade econômica da Europa.

É amplamente previsto que esses eventos também prejudiquem o presidente Emmanuel Macron durante o restante de seu mandato de três anos.

Caso o Rally Nacional conquiste a maioria absoluta, liderado por Jordan Bardella, de 28 anos, a França poderá ter seu primeiro governo de extrema-direita desde a ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

O segundo turno das votações teve início no sábado nos territórios ultramarinos da França, desde o Pacífico Sul até o Caribe, Oceano Índico e Atlântico Norte.

As primeiras projeções das pesquisas são aguardadas para domingo à noite, com resultados oficiais esperados até o final do domingo e na manhã de segunda-feira. Até o meio-dia, horário local, a participação eleitoral estava em 26,63%, um pouco acima dos 25,90% registrados no primeiro turno no domingo anterior, conforme relatado pelo Ministério do Interior da França.

O primeiro-ministro Gabriel Attal votou pela manhã no subúrbio de Vanves, em Paris, enquanto Macron estava previsto para votar mais tarde em La Touquet. Marine Le Pen, após vencer seu distrito no norte da França na semana passada, não participou da votação deste domingo. No primeiro turno, 76 candidatos asseguraram assentos, incluindo 39 do Rally Nacional e 32 da aliança esquerdista Nova Frente Popular. Dois candidatos da lista centrista de Macron também obtiveram sucesso na primeira rodada.

Antes do segundo turno, partidos de oposição formaram alianças rápidas para tentar evitar uma vitória avassaladora do Rally Nacional nas eleições legislativas. Marine Le Pen afirmou que seu partido buscaria governar apenas se alcançasse a maioria absoluta ou próxima disso. Segundo contagem do jornal Le Monde, aproximadamente 218 candidatos desistiram de competir no segundo turno, sendo 130 de esquerda e 82 da aliança centrista Ensemble, liderada por Macron.

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