Trump implementa medidas polêmicas sobre diversidade, imigração e tarifas comerciais
Decisões do novo presidente dos EUA têm gerado críticas de líderes internacionais

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, nos últimos dois dias, uma série de medidas que estão movimentando o cenário político e econômico do país. Entre elas, o desmonte de políticas de diversidade no governo, a ampliação de poderes para deportações rápidas de imigrantes e a ameaça de tarifas comerciais vinculadas a questões de imigração e combate às drogas.
Afastamento de equipes
Trump determinou, nesta última terça-feira (21), o afastamento de funcionários das equipes de diversidade, equidade e inclusão na Casa Branca. A medida acompanha um decreto presidencial que elimina programas de ação afirmativa no governo federal. Segundo o novo presidente americano, as contratações passarão a ser baseadas exclusivamente no mérito, sem o que chamou de “discriminação” associada às ações afirmativas.
Além disso, o presidente ordenou a remoção de páginas governamentais relacionadas ao tema e encerrou treinamentos voltados à promoção da diversidade. A decisão reflete a postura crítica e conservadora da administração Trump em relação a políticas de inclusão, marcando uma ruptura com práticas implementadas por administrações anteriores.
Expansão de deportações rápidas
No campo da imigração, Trump deu mais um passo em sua agenda de endurecimento das políticas migratórias. O governo expandiu os poderes do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE) para deportar rapidamente imigrantes indocumentados que não consigam provar residência nos EUA por mais de dois anos.
A nova política, conhecida como remoção expedita, elimina a necessidade de procedimentos judiciais para determinados casos, permitindo que deportações sejam realizadas em questão de horas. Tradicionalmente aplicada apenas em áreas próximas à fronteira Sul, a medida agora será válida em todo o território nacional.
Especialistas apontam que a iniciativa pode reduzir os custos e a sobrecarga nos tribunais de imigração, que acumulam mais de 3 milhões de casos. Entretanto, grupos de defesa dos direitos dos imigrantes criticaram duramente a medida, classificando-a como uma ameaça ao devido processo legal.
“A remoção expedita frequentemente nega aos imigrantes uma oportunidade justa de buscar alívio, separa famílias desnecessariamente e ridiculariza o direito de acesso a um advogado”, afirmou Lindsay Toczylowski, presidente do Immigrant Defenders Law Center.
Tarifas comerciais
Trump também ameaçou impor tarifas sobre produtos importados do Canadá e México, justificando a iniciativa como um esforço para conter a imigração não autorizada e o tráfico de drogas nas fronteiras. As tarifas, previstas para entrar em vigor já no próximo dia 1º, não estão relacionadas às renegociações do pacto comercial entre os três países, segundo o presidente.
Além disso, Trump mencionou a possibilidade de tarifas contra a China, atribuindo a medida à exportação de produtos químicos usados na produção de fentanil. Apesar das tensões, Trump afirmou que o tema não foi discutido em profundidade com o presidente chinês, Xi Jinping, durante conversas recentes.
Repercussões e desafios
As recentes ações de Trump refletem sua estratégia de consolidar uma base política em torno de promessas de campanha. No entanto, as medidas têm gerado divisões tanto internamente quanto no cenário internacional.
As mudanças nas políticas de diversidade e imigração são vistas por críticos como retrocessos nos direitos civis e humanos, enquanto os defensores argumentam que elas fortalecem a segurança nacional e promovem a meritocracia. No âmbito comercial, a ameaça de tarifas aumenta a incerteza econômica e pode gerar reações de países parceiros, ampliando as tensões diplomáticas.
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