Crise política na Coreia do Sul: Parlamento aprova impeachment de Yoon Suk Yeol
Presidente é afastado após polêmica lei marcial; decisão final será do Tribunal Constitucional
O cenário político da Coreia do Sul foi abalado, neste sábado (14), com a aprovação do impeachment do presidente Yoon Suk Yeol pelo parlamento. O Tribunal Constitucional do país tem até seis meses para decidir se ratifica a medida. Caso o afastamento seja confirmado, uma nova eleição presidencial deverá ser realizada em até 60 dias.
Milhares de cidadãos celebraram nas ruas de Seul a decisão do Parlamento, onde 204 dos 300 deputados votaram a favor do impeachment – quatro votos acima do mínimo necessário. Apenas 85 parlamentares se posicionaram contra. Yoon, que assumiu o mandato em 2022 com promessas de combater a desigualdade, reduzir o custo de vida e enfrentar o desemprego juvenil, viu sua popularidade despencar para 13% após uma série de medidas controversas.
Lei Marcial e repercussão popular de Yoon
O ponto de ruptura para a queda do presidente foi a imposição da lei marcial em 3 de dezembro. A medida, que substituiu a legislação civil por normas militares, gerou indignação imediata no país. Yoon Suk Yeol justificou o ato alegando a necessidade de proteger o país de supostos aliados da Coreia do Norte infiltrados em território sul-coreano. No entanto, a decisão foi amplamente vista como uma tentativa de calar a oposição, especialmente ao suspender o funcionamento da Assembleia Nacional e colocar a imprensa sob controle governamental.
A pressão popular foi intensa, com protestos que tomaram as ruas de diversas cidades. A medida acabou sendo revogada poucas horas depois, mas o estrago já estava feito: a confiança no governo de Yoon despencou, acelerando o processo de impeachment.
Impeachment: consequências imediatas e investigação
Com a aprovação do impeachment, Yoon Suk Yeol foi imediatamente afastado do cargo, e o primeiro-ministro Han Duck-soo assumiu como presidente interino. Paralelamente, investigações buscam apurar se o decreto de lei marcial configura rebelião. De acordo com especialistas, a constituição sul-coreana permite o uso das forças armadas em situações de guerra ou emergências nacionais, mas não autoriza o presidente a suspender o parlamento.
Uma condenação por rebelião pode acarretar penas severas, incluindo a morte. O foco principal da investigação é determinar se Yoon e outros altos oficiais militares violaram a ordem constitucional ao implementar a medida.
Dinâmica do Parlamento e a crise política
O impeachment de Yoon foi impulsionado pelo principal partido de oposição, o Partido Democrata, que apresentou a moção após o fracasso de uma tentativa anterior no último dia 7. Na ocasião, os legisladores do partido governista boicotaram a votação, adiando o processo.
A crise se intensificou ao longo da semana, culminando em uma votação decisiva neste sábado. Horas antes da aprovação, Yoon defendeu sua decisão de declarar a lei marcial em uma entrevista televisionada, classificando-a como uma tentativa de proteger a democracia liberal. No entanto, as justificativas não foram suficientes para convencer a população nem os parlamentares.
Futuro da Coreia do Sul
Agora, o futuro político do país está nas mãos do Tribunal Constitucional, que decidirá se a destituição de Yoon Suk Yeol será mantida. Caso o impeachment seja confirmado, o processo eleitoral precisará ocorrer em até dois meses, abrindo espaço para uma nova liderança.
Enquanto isso, o governo interino de Han Duck-soo enfrentará o desafio de estabilizar o cenário político e econômico. A queda de Yoon marca um momento decisivo na história da Coreia do Sul, destacando a força das instituições democráticas e a importância da mobilização popular em momentos de crise.
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