Conflito Israel-Irã: refinaria de petróleo é atingida e ataques já somam 91 mortos
Ministro das Relações Exteriores do Irã criticou a postura da comunidade internacional

O confronto entre Israel e Irã chegou ao terceiro dia neste domingo (15), com a confirmação de novos bombardeios e aumento no número de vítimas civis e militares. O Exército israelense informou ter atingido mais de 80 alvos em Teerã, incluindo o Ministério da Defesa iraniano e a sede da Organização de Inovação e Pesquisa em Defesa (SPND), apontada por autoridades ocidentais como responsável pelo programa de armas nucleares do Irã.
Além dos ataques, Israel relatou a interceptação de 20 drones lançados em sua direção. Os bombardeios foram descritos como uma resposta ao ataque de mísseis promovido pelo Irã antes do amanhecer de domingo, que resultou na morte de 10 pessoas em território israelense, segundo o serviço de resgate Magen David Adom.
Irã critica ONU e acusa EUA de apoiar Israel
Durante reunião com diplomatas estrangeiros transmitida pela televisão estatal, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, criticou a postura da comunidade internacional.
“A ofensiva foi recebida com indiferença pelo Conselho de Segurança da ONU“, afirmou. Araqchi também acusou os governos ocidentais de condenarem o Irã, enquanto, segundo ele, Israel seria o verdadeiro agressor.
O ministro iraniano também declarou que possui “evidências sólidas” de que as forças americanas apoiaram os ataques israelenses. “Se a agressão (de Israel) cessar, nossas respostas também cessarão“, disse. Segundo Araqchi, os Estados Unidos são “parceiros nestes ataques e devem assumir responsabilidade” pelos danos na região.
O número de mortos no Irã permanece o mesmo divulgado no sábado (14) pelo embaixador do país na ONU: 78 vítimas fatais e mais de 320 feridos. O governo iraniano também informou que Israel atacou duas refinarias de petróleo, aumentando os temores de um impacto maior na infraestrutura energética do país.
Refinaria de Haifa sofre danos
Do lado israelense, os ataques do Irã causaram danos à refinaria da cidade de Haifa, no norte do país. A petrolífera Bazan informou que tubulações e linhas de transmissão foram atingidas, levando à interrupção parcial das operações em algumas instalações do complexo. Em comunicado, a empresa esclareceu que não houve feridos e que os danos estão sendo avaliados.
As autoridades israelenses também relataram que, desde o início da ofensiva iraniana na última sexta-feira (13), ao menos 13 pessoas morreram e 380 ficaram feridas. O Ministério do Bem-Estar de Israel contabilizou 742 desabrigados em decorrência dos ataques e informou que parte dessas pessoas foi encaminhada para hotéis.
A situação levou ao fechamento do principal aeroporto internacional de Israel e à manutenção do espaço aéreo do país fechado pelo terceiro dia consecutivo. Os serviços de emergência seguem mobilizados para atender as vítimas e reparar as estruturas afetadas.
Segundo o Exército de Israel, os bombardeios da noite de sábado (14) e madrugada de domingo (15) focaram em locais estratégicos, incluindo depósitos de combustível, lançadores de mísseis e instalações consideradas de uso dual, com capacidade civil e militar. O comunicado militar destacou que os alvos estavam ligados ao suposto desenvolvimento de armas nucleares por parte do Irã, o que é negado pelo governo iraniano.
Israel afirmou ainda que os ataques atingiram a sede da SPND, descrita por autoridades israelenses e ocidentais como um dos centros de comando do programa nuclear iraniano. Em nota, o Exército declarou que os bombardeios ocorreram durante toda a noite.
Após a ofensiva, o governo israelense ameaçou aumentar a intensidade das ações militares. A decisão ocorre após a confirmação de que mísseis iranianos conseguiram ultrapassar as defesas aéreas de Israel e atingir edifícios em Tel Aviv, a capital do país.
Negociações nucleares suspensas
As negociações previstas para discutir o programa nuclear iraniano foram suspensas, aumentando a perspectiva de uma escalada prolongada no conflito. Desde o ataque surpresa de Israel na sexta-feira (13), que resultou na morte de generais e cientistas nucleares iranianos, ambos os lados mantêm ações ofensivas sem indicar sinais de recuo.
O Irã alega que, além dos alvos militares, Israel também atingiu duas refinarias de petróleo, o que pode comprometer ainda mais a já sancionada indústria energética iraniana. Especialistas alertam para os possíveis efeitos desses ataques sobre os mercados globais de energia.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou o apoio à ofensiva israelense. Em comunicado, ele afirmou que o Irã pode evitar mais destruição se concordar com um novo acordo nuclear. Até o momento, o governo iraniano não anunciou qualquer recuo nas suas operações militares.
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