China condena ataques dos EUA ao Irã e alerta para risco de guerra nuclear no Oriente Médio
Bombardeios a instalações nucleares iranianas provocam reação internacional; China, UE e Omã pedem cessar-fogo e diálogo imediato

O governo da China classificou os recentes bombardeios dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irã como uma “grave violação dos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional”. A reação do país asiático foi divulgada, neste domingo (22), por um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, que cobrou um cessar-fogo imediato e responsabilizou Israel por ampliar a escalada do conflito.
A ofensiva norte-americana atingiu os complexos de Fordow, Natanz e Isfahan, todos vinculados ao programa nuclear iraniano e sob supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Segundo a chancelaria chinesa, os ataques aumentam significativamente a instabilidade na região e colocam em risco a vida de civis, além de violarem acordos multilaterais que regem o uso da energia atômica.
Ao apelar por diálogo, o governo chinês afirmou que está disposto a colaborar com a comunidade internacional para reativar vias diplomáticas. O posicionamento enfatiza a necessidade de “garantir a segurança dos civis, reunir esforços, promover a justiça e restaurar a paz e a estabilidade no Oriente Médio”.
União Europeia, Alemanha e Omã reagem com pedidos de moderação
A ministra das Relações Exteriores da União Europeia, Kaja Kallas, também se manifestou sobre os ataques americanos e pediu que “todas as partes recuem e evitem nova escalada”. Em publicação nas redes sociais, a diplomata defendeu o retorno imediato às negociações, ressaltando que o Irã não deve possuir armas nucleares.
Kallas antecipou ainda que os ministros das Relações Exteriores da União Europeia devem se reunir nesta segunda-feira (23) para tratar do agravamento do conflito. A Alemanha, por sua vez, reforçou o apelo europeu e alertou para os riscos de prolongamento da guerra.
Já o sultão de Omã, Haitham bin Tariq Al Sai, condenou veementemente os ataques e destacou o papel do país como mediador nas negociações entre Estados Unidos e Irã sobre o programa nuclear. Em nota oficial, o líder omani classificou a ofensiva como uma “agressão ilegal” que ameaça ampliar o escopo do conflito e fere diretamente o direito internacional.
Ucrânia retira civis de Israel e do Irã antes dos bombardeios
Diante da escalada do conflito no Oriente Médio, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, informou que 176 civis foram retirados de Israel rumo ao Egito como medida preventiva antes dos ataques americanos. A operação de evacuação foi coordenada pela Direção Principal de Inteligência (GUR) e pelo Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, com o apoio das embaixadas na região.
Além dos cidadãos ucranianos, foram retiradas pessoas da Moldávia, Letônia, Azerbaijão, Estônia e Estados Unidos. Zelensky afirmou que as medidas de proteção continuarão sendo adotadas conforme a evolução do cenário. “Estamos respondendo a cada solicitação e continuaremos com as medidas de evacuação”, afirmou o presidente em postagem na rede social X.
As autoridades ucranianas também organizam a retirada de nacionais que ainda permanecem em território iraniano. O plano é conduzir esses cidadãos até o Azerbaijão, considerado uma rota mais segura diante da atual conjuntura.
Comunidade internacional teme agravamento da crise nuclear
As ações militares dos Estados Unidos sobre áreas estratégicas do Irã, mesmo sob alegação de contenção de ameaças nucleares, provocaram reações de diferentes blocos internacionais. A crescente tensão preocupa principalmente por envolver atores com forte influência regional e global, como Israel, Irã, China, Estados Unidos e União Europeia, além de países vizinhos com papel diplomático relevante.
Analistas internacionais avaliam que o atual episódio marca uma nova fase do conflito, com riscos concretos de envolvimento direto de outros países, sobretudo após o bombardeio de instalações associadas à produção e ao enriquecimento de urânio. Ainda não há uma sinalização clara por parte de Washington quanto ao encerramento das ofensivas, o que acentua o alerta global em torno de uma possível guerra ampliada no Oriente Médio.
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