Brasil se abstém na OEA e resolução conjunta sobre processo eleitoral da Venezuela é rejeitada

A Organização dos Estados Americanos (OEA) rejeitou uma resolução conjunta votada, nesta quarta-feira (31), sobre o processo eleitoral da Venezuela, com abstenção do Brasil. O documento – que teve 17 votos a favor, zero contra, 11 abstenções e cinco ausências – reiterava o pedido para que o governo do presidente Nicolás Maduro publicasse imediatamente os dados das eleições de domingo (28), e solicitava que uma “verificação consistente” fosse realizada sobre a contagem de votos. 

Sem maioria absoluta, como exige a regulamentação da OEA, a resolução foi rejeitada. O Brasil foi representado pelo embaixador Benoni Belli. O documento pedia que a verificação fosse conduzida com transparência e credibilidade, com participação dos grupos opositores, e não por instituições atreladas ao governo ditador. 

“A promoção dos direitos políticos e eleitorais deve ser garantida a todos. Os cidadãos devem ter o direito garantido de se manifestarem livremente, sem represália”, dizia trecho do documento. 

A OEA divulgou, na última terça-feira (30), um relatório declarando que não reconhecia a reeleição de Maduro e havia indícios de distorção dos resultados. A posição brasileira de se abster seria para tentar se tornar mediador dentro do processo eleitoral, no entanto, foi duramente criticada pela comunidade internacional. 

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