Agentes de segurança da Coreia do Sul desistem de prender ex-presidente
Acusado de insurreição, Yoon Suk Yeol enfrenta tentativas frustradas de prisão após declarar lei marcial

As autoridades da agência anticorrupção da Coreia do Sul anunciaram, nesta sexta-feira (3), que desistiram de prender o ex-presidente Yoon Suk Yeol, após um cerco à sua casa, que durou 6 horas. O presidente está recluso na sua residência, localizada na capital sul-coreana, Seul, amparado por uma legislação que restringe o acesso a locais que possam conter segredos militares.
O presidente coreano é acusado de insurreição e outros crimes, após declarar lei marcial no país e enviar tropas para o parlamento, que é dominado pelas oposições. O advogado de Yoon destacou, na quinta-feira (2), que a prisão do político era “inválida”.
Entenda caso
A crise política na Coreia do Sul teve início no dia 3 de dezembro, quando Yoon decretou lei marcial, alegando ameaças à segurança nacional. A medida restringiu temporariamente os direitos civis e fechou a Assembleia Nacional, controlada pela oposição. Em sua justificativa, o então presidente disse que a decisão foi uma forma de proteger a República da Coreia e enfrentar as “ameaças comunistas norte-coreanas”.
O anúncio da lei marcial, no entanto, gerou revolta da população, que realizou protestos contra o presidente e pediu seu impeachment. Já entre os parlamentares, 190 deles desafiaram os cordões de tropas e polícia e iniciaram as primeiras votações para destituir Yoon, cerca de 6 horas após o anúncio.
Os parlamentares do Congresso coreano destituíram, em 14 de dezembro, Yoon do cargo, de forma unânime. Apesar disso, ele ainda é considerado formalmente o presidente, já que sua destituição definitiva do cargo está sendo julgada pelo Tribunal Constitucional sul-coreano, que tem até 6 meses para decidir se acata ou não a decisão do Parlamento.
Em carta enviada aos apoiadores, Yoon afirmou que “lutará até o fim” para se manter no cargo e “proteger o país”. Em resposta, o partido de oposição ao presidente também emitiu uma nota. “Como se tentar encenar uma insurreição não fosse o suficiente, ele agora está incitando os apoiadores a um confronto extremo”, dizia um trecho.
Cerco à casa de Yoon
Autoridades do Escritório de Investigação de Corrupção para Oficiais de Alto Nível tentaram cumprir, na noite de quinta-feira (2), pelo horário de Brasília, o mandado de prisão contra Yoon. A operação contou com o apoio de cerca de 2.800 policiais, mas enfrentou resistência dos agentes do Serviço de Segurança Presidencial. Sendo assim, a ação foi suspensa por tempo indeterminado.
A lei sul-coreana que protege locais estratégicos, como a residência oficial, complicou ainda mais o processo. De acordo com o Serviço de Segurança, os investigadores não poderiam entrar no local, gerando um impasse jurídico.
O mandado de prisão contra Yoon foi expedido na última terça-feira (31), pelo tribunal de Seul. Além da prisão, também foi emitido um mandado de busca e apreensão para o escritório e a residência. Mas, como dito anteriormente, os agentes de segurança foram impedidos.
Além de Yoon, um ex-ministro da Defesa que, segundo autoridades, recomendou que Yoon declarasse lei marcial, e alguns dos principais oficiais militares que comandam a defesa da capital sul-coreana também foram indiciados por seu suposto envolvimento e deverão ir a julgamento em 16 de janeiro.
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