Bahia tropeça no Maracanã: tabu contra Flamengo chega a 16 derrotas e preocupa Ceni
Equipe de Rogério Ceni sofre nova derrota para Rubro-Negro, vê tabu se ampliar e tenta virar chave para confronto contra Atlético Nacional

O Bahia entrou em campo no Maracanã, na noite de sábado (10), com a expectativa de consolidar sua boa fase no Campeonato Brasileiro e quebrar um incômodo tabu diante do Flamengo. No entanto, a derrota por 1 a 0 acabou evidenciando não apenas a dificuldade do time baiano em enfrentar o clube carioca, mas também os desafios que Rogério Ceni ainda precisa superar em sua trajetória à frente da equipe tricolor.
O gol de Arrascaeta, logo aos 7 minutos do primeiro tempo, definiu o placar e fez o Flamengo dormir na liderança do Brasileirão, com 17 pontos. Para o Bahia, o revés encerrou uma sequência de três vitórias consecutivas na competição e o deixou momentaneamente na sexta posição, com 12 pontos.
Mais uma derrota para Flamengo e tabu que incomoda
A partida também marcou a 16ª derrota consecutiva de Rogério Ceni como técnico diante do Flamengo, clube pelo qual foi campeão brasileiro em 2020. Desde que assumiu sua primeira equipe em 2017, Ceni ainda não conseguiu vencer o Rubro-Negro. As equipes que comandou balançaram as redes apenas seis vezes, enquanto sofreram 31 gols.
Na entrevista coletiva após a partida, o treinador admitiu o incômodo com a estatística.
“Incomoda bastante. É extremamente desagradável. Mostra a força que o Flamengo tem. Incomoda qualquer profissional não vencer. Vamos trabalhar para no jogo de volta colocar fim nessa estatística”.
Time alternativo, lesões e foco na Libertadores
Uma das justificativas para o desempenho abaixo do esperado foi a escalação mista utilizada pelo Bahia. Ceni optou por poupar alguns titulares de olho na partida decisiva contra o Atlético Nacional, na Colômbia, pela Copa Libertadores. Com o acúmulo de jogos desde janeiro e o desgaste do elenco, o treinador priorizou o planejamento físico para a competição continental, na qual o Bahia lidera seu grupo.
Mesmo com o rodízio, o Bahia mostrou organização defensiva em parte do jogo, mas sofreu com a pressão inicial do Flamengo e perdeu oportunidades de empatar.
Segundo tempo truncado e desgaste físico evidente
Na etapa final, o Bahia conseguiu conter melhor as investidas flamenguistas e teve uma chance clara com Lucho Rodríguez, que parou no goleiro Rossi antes de ter o lance anulado por impedimento. A expulsão de Gerson, aos 41 minutos, chegou a dar esperanças de um possível empate, mas o time baiano não conseguiu aproveitar a vantagem numérica.
Ceni criticou a condução da arbitragem nos acréscimos e apontou o cansaço como fator limitante para uma reação. “O árbitro segurou muitos minutos no chão e não teve coragem de dar mais tempo. Os jogadores estavam cansados, depois de correr 85 minutos atrás do Flamengo a gente já estava cansado”, disse.
Calendário apertado e limitações do elenco preocupam
Outro ponto destacado pelo técnico foi a sobrecarga de jogos. Segundo ele, desde 23 de janeiro o Bahia não tem uma semana livre, com compromissos na Pré-Libertadores, Copa do Nordeste e Brasileirão. A maratona compromete o desempenho físico e aumenta o risco de lesões.
“Quem paga o futebol é a TV. Não importa muito para quem transmite se o jogo é de qualidade, se o gramado é de qualidade. O que importa é ter o jogo para transmitir”, avaliou Ceni.
Sobre o elenco, Ceni reconheceu que não há espaço para luxos no orçamento do clube e que trabalha com o que é possível. “Eu não acho que o elenco é curto. Acho que as lesões atrapalharam. Você nunca pensa que vai perder todos da mesma posição. Perder os dois laterais e o terceiro jogador que faz a função estar suspenso”, afirmou, em referência aos desfalques.
Próximos desafios e expectativa de reação
Agora, o Bahia vira a chave para a Libertadores. O confronto com o Atlético Nacional, na próxima quarta-feira (14), às 19h (horário de Brasília), em Medellín, pode garantir a classificação antecipada do Tricolor para a próxima fase. Ceni admitiu que parte do foco já estava voltada para esse compromisso antes mesmo do jogo contra o Flamengo. Na sequência, o Bahia volta a campo no domingo (18), pela nona rodada do Brasileirão, para o clássico BA-VI contra o Vitória, na Arena Fonte Nova.
A derrota para o Flamengo, apesar de dolorosa, não diminui o bom início de campanha da equipe. No entanto, expõe fragilidades que precisam ser corrigidas com urgência para que o Bahia consiga manter competitividade em múltiplas frentes — e, quem sabe, colocar fim ao incômodo tabu diante do Rubro-Negro no returno.
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