Segundo bloco do debate tem questões sobre segurança pública e viabilidade de propostas
Questionado sobre aumento de gastos públicos, Kleber disse que problema de Salvador não é ‘falta de dinheiro’, e sim ‘má gestão’
O segundo bloco do debate promovido pela TV Bahia, filiada da Rede Globo, que conta com as participações dos candidatos do MDB, Geraldo Júnior, e do PSOL, Kleber Rosa, à prefeitura de Salvador, foi marcado por perguntas de jornalistas aos presentes. Na primeira delas, o jornalista do IBahia, Alan Oliveira, questionou o emedebista sobre sua proposta de implantação de Centro Integrado de Monitoramento.
Na ocasião, Geraldo foi questionado se o Estado, que já possui um Centro como este, não tem cumprido seu papel. Sobre o tema, o emedebista voltou a criticar a ausência do prefeito Bruno Reis (União Brasil) e afirmou que, embora seja uma atribuição do Estado, a temática é um “compromisso de todos”.
“Enquanto muitos correm do tema segurança pública, lamentável a ausência do prefeito Bruno Reis, você também é responsável pela segurança pública. Não sei porque você corre e tem medo de debater a cidade. Segurança pública é uma atribuição constitucional do Estado, mas é um compromisso de todos, da sociedade, da imprensa, do presidente Lula. Nós vamos continuar, e eu como vice-governador, ao lado do governador Jerônimo, vamos valorizar homens e mulheres da policia militar, civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Técnica, com promoções, avanços. Vamos enfrentar o crime organizado, e não vamos fazer como o prefeito que silencia e não estabelece uma política pelo pacto federativo, pela segurança pública. Vamos fortalecer a Guarda Municipal, como política de cidadania”, disse.
Em comentário ao tema, Kleber Rosa alertou que a violência não atinge “todas as pessoas de forma igual” e lembrou que a população negra e da periferia é quem mais sofre com o problema. “Somos os mais afetados de forma violenta. Eu tenho uma vida inteira de dedicação à luta contra o racismo, dediquei a minha vida a lutar pela garantia de dignidade do nosso povo, do nosso povo jovem, do nosso povo negro, do nosso povo da periferia, luta contra a fome, lutar pelo direito de morar com dignidade, pelo direito de transitar na cidade, de ter um transporte digno. Quero dizer a você que você tem a oportunidade de escolher alguém que conhece as suas dores tanto quanto você, no dia 6, no próximo domingo, governar nossa cidade”.
Em sua réplica, o candidato do MDB reforçou a proposta de criação da Secretaria de Segurança Cidadã e Defesa Civil, bem como o plano municipal específico para o setor. Segundo ele, através dessas iniciativas, e com a contribuição dos governos federal e estadual será possível dar continuidade ao enfrentamento do crime organizado.
“Vamos ser firmes, vamos continuar tirando os líderes de facções. São mais de 110 líderes de facções que saíram da Bahia e de Salvador, são quase 30 mil delinquentes tirados de circulação na Bahia e em Salvador. Já compramos mais de 1.600 viaturas, destas 366 para a polícia militar aqui do nosso Estado, e em Salvador. Vamos continuar avançando com políticas de segurança pública e defesa da cidadania”.
Viabilidade de propostas
A segunda pergunta, da jornalista da TV Bahia Andrea Silva, foi direcionada ao candidato da PSOL. Ele foi questionado sobre a viabilidade de suas propostas, como o aumento dos investimentos em saúde em até 25%, acima dos 15% indicados pela Constituição, fim dos contratos terceirizados, entre outras questões que envolvem o aumento do gasto público.
Sobre o tema, Kleber Rosa afirmou que Salvador teve um orçamento de R$ 10 bilhões no ano passado e alertou que o “problema” não é a falta de dinheiro, mas sim a “má gestão”. “Nós temos um prefeito que governa para pequenos grupos. A maioria dos serviços públicos em Salvador está privatizado. Ou seja, o prefeito contrata empresas privadas para prestar serviços públicos. O SUS, de recursos que vem do governo federal, que nem é da prefeitura, é utilizado contratando empresas, e essas empresas contrata médicos, não respeitando planos e cargos de salários dos médicos”, afirmou.
Já o candidato do MDB, ao tecer comentários sobre a questão, falou sobre a saúde pública do município, e voltou a afirmar que o presidente Lula (PT) assegurou a construção de dez policlínicas em Salvador. “Não tem médicos nos postos de saúde, não tem medicamentos. Olha, prefeito, paga o piso salarial dos agentes de saúde e os agentes de endemias. E o presidente Lula, que é 15 em Salvador, já nos garantiu 300 equipes de saúde da família na nossa cidade”, disparou Geraldo, repetindo novamente a tática de dizer o seu número nas urnas e tentar colar na popularidade do presidente para alavancar sua candidatura nesta reta final.
Por fim, Kleber rebateu a afirmativa de que “Lula é 15 em Salvador”, e ressaltou ser o representante da esquerda no pleito municipal. “Você vota em Lula pela história do presidente Lula, pelo seu compromisso com a democracia do nosso país, pelo seu engajamento com as lutas populares, por ele ser o homem de história humilde, que quando chegou no poder não abandonou o seu povo, por ele ter compromisso com o enfrentamento à fome, com a política de moradia, com a política de meio ambiente. E aí eu reivindico também e parabenizo a nossa ministra Marina, que está fazendo um trabalho fantástico em defesa do meio ambiente. Eu quero dizer para vocês que esse jogo de número, que é o que não é, não é tão relevante e não deve ser considerado. Quero que você olhe para quem tem a história semelhante à história do nosso presidente Lula e, sobretudo, um compromisso com os mesmos compromissos do nosso presidente”, finalizou.
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