Roberto Carlos também homologa candidatura a prefeito de Juazeiro e união da oposição fica cada vez mais difícil

O deputado estadual Roberto Carlos (PV) oficializou, nesta última segunda-feira (5), sua candidatura a prefeito de Juazeiro. No mesmo dia, data limite para a realização das convenções partidárias, o estreante Andrei da Caixa (MDB) e os ex-prefeitos Isaac Carvalho (PT), mesmo inelegível, e Joseph Bandeira (PSB) também homologaram seus nomes para a disputa do município da região do Vale do São Francisco, que passou, neste ano, de sétimo para o sexto maior colégio eleitoral da Bahia.

Como até o momento houve apenas a retirada do deputado estadual Zó em apoio a Andrei, a união da oposição, como era defendida pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), fica cada vez mais difícil na tentativa de impedir a reeleição da atual prefeita Suzana Ramos (PSDB), que também realizou sua convenção nesta segunda. Ao contrário do grupo oposicionista, a tucana conseguiu unificar sua base e contará com o apoio de nove partidos: União Brasil, PSDB, Cidadania, PMB, PDT, Republicanos, PRTB, Solidariedade e DC.

“Estou pronto e preparado para representar o nosso grupo político como prefeito de Juazeiro. Meu objetivo é restaurar a autoestima da população, que está desmotivada com a gestão atual e colocar Juazeiro novamente no patamar da política estadual e nacional. Quanto à questão do nosso vice, deixamos em aberto para que o PT ou o PCdoB possam indicar, fechando assim uma chapa que terá o apoio da população de Juazeiro, que clama por uma gestão com austeridade, determinação e, principalmente, trabalhando para os menos favorecidos”, disse Roberto Carlos durante a convenção do PV, que também lançou 22 candidatos a vereador, limite máximo permitido em Juazeiro.

Nota conjunta contra Isaac

As direções estaduais do PCdoB, PSB, MDB e PV enviaram, na manhã desta última segunda, portanto, antes das convenções, uma nota conjunta, apontando uma “imprudência” do PT em homologar o nome de Isaac Carvalho à prefeitura de Juazeiro. No documento, os partidos reforçaram a necessidade de preservar a autonomia política e a construção de uma saída que unificasse a base eleitoral para conseguir um representante viável para derrotar a atual prefeita tucana.

“Não nos parece prudente inscrever um candidato nessa condição. Por mais méritos que tenha. Especialmente quando estes quatro partidos têm nomes viáveis para fazer a disputa. Consideramos fundamental o envolvimento de todos os partidos do bloco governista nas decisões sobre a candidatura. O que contribuirá para a construção da unidade necessária à batalha eleitoral que se aproxima”, dizia o comunicado, que acabou não surtindo efeito, já que o PT oficializou Isaac.

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