A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (1º), uma operação de combate a crimes eleitorais em três cidades da Bahia. Batizada de Coronelismo, a ação conta com o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão e ocorre poucos dias após outra operação envolvendo o prefeito de Ilhéus, Mario Alexandre (PSD), e o aliado Bento Lima (PSD), que concorre sua sucessão no comando no 8° maior colégio eleitoral no Estado.
Desta vez, dos nove mandados expedidos pela Justiça Eleitoral de Ilhéus, a partir de uma representação da PF e com parecer favorável do Ministério Público Eleitoral (MPE), seis estão sendo cumpridos no próprio município, dois em Conceição do Coité e apenas um na capital baiana. A investigação aponta que houve o uso indevido de recursos e estrutura pública, como servidores, veículos e combustíveis, em benefício de uma coligação partidária, o que teria causado prejuízos aos cofres municipais. Além disso, a PF identificou possíveis fraudes documentais e superfaturamento de contratos para encobrir o uso ilegal de recursos públicos.
Os envolvidos podem responder por crimes como peculato, falsificação de documento público, associação criminosa, abuso de poder econômico e improbidade administrativa. As penas podem incluir o cancelamento do registro de candidatura ou do diploma eleitoral.
Suspeita de corrupção
A operação Coronelismo sucede a operação Barganha, deflagrada recentemente pela PF, que teve como alvos o prefeito de Ilhéus e Bento Lima, ex-secretário de Gestão de Ilhéus e candidato à prefeitura. Nesta ação, a PF investiga supostos crimes de corrupção, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
A operação Barganha cumpriu mandados de busca e apreensão em várias cidades, incluindo Ilhéus (11), Itabuna (um), Vitória da Conquista (um), Salvador (três) e Lauro de Freitas (um). Durante a operação, os agentes encontraram R$ 915,9 mil em espécie, escondidos em malas de viagem na residência de um dos empresários investigados.
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