Candidata a renovar sua cadeira na Câmara, a vereadora Marta Rodrigues (PT) disse estar “entusiasmada” com a candidatura do vice-governador, Geraldo Jr (MDB), à Prefeitura de Salvador e confiante com o crescimento de sua campanha nas eleições municipais de 2024. Em entrevista ao editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, ela afirmou que a “virada” do emedebista está acontecendo na reta final da disputa eleitoral, algo de costume entre os postulantes apoiados pelo PT.
“A campanha majoritária, como sempre acontece pelo PT, é na reta final que as pessoas começam a chegar, acreditar e também vestir a camisa, pegar a bandeira e começar a fazer campanha. É isso que eu estou sentindo, desde a caminhada do Bairro da Paz que eu percebi essa virada. Ontem [quarta-feira] no Lobato também foi muito bom. Eu sempre ando por ali, mas nunca vi um entusiasmo daquele. Então, isso mostra que a população também está em fase de decisão”, declarou.
De acordo com Marta, é perceptível a “aceitação” da população de Salvador com a candidatura de Geraldo, mesmo que as pesquisas de intenção de votos apontem que o seu índice de rejeição seja de 43% e um empate técnico com o candidato Kleber Rosa (PSOL). Ainda assim, a vereadora defendeu que as carreatas estão tendo uma grande mobilização do público, fruto da crescente na campanha eleitoral do vice-governador da Bahia.
“Uma aceitação muito boa, as pessoas descendo, mobilizando, perguntando se vai ter outra ainda. Eu digo ‘não, agora vocês que têm que multiplicar’. Quando os candidatos e as candidatas chegam lá [nas passeatas], é uma oportunidade para perceber, conhecer mais um pouco, fazer uma pergunta ou dar uma sugestão. É isso que eu estou sentindo na cidade. A carreata de domingo também, para o Subúrbio, foi uma carreata gigantesca e o que eu percebi foram as pessoas saindo para saudar, perguntar e pedir material. Então, a gente tem visto essa crescente da população”, acrescentou.
Dissidências do PT
Mesmo diante de um período conturbado do grupo político petista, em que militantes e lideranças de PT e PSB decidiram abandonar o barco de Geraldo Jr para apoiar Kleber Rosa, Marta Rodrigues normalizou as dissidências, assim como outras lideranças do partido. A candidata destacou que existe uma unidade da coligação Salvador Pra Toda Gente que nunca deixou de apoiar a candidatura do emedebista.
“Em relação às dissidências, no PT às vezes isso acontece. É um partido que tem diversas tendências. Mas o que a gente viu aqui ontem e o que eu tenho visto é uma unidade muito grande de quem está no dia a dia construindo e fazendo campanha. Eu ando essa cidade toda, não tem um dia que eu não faça seis ou sete atividades, e é isso que eu percebo”, pontuou.
Ao marcar presença nos comícios centrais de campanha desta quinta-feira (26) e da última quarta-feira (25), a petista voltou a reforçar o apoio do PT apesar das mudanças de lado. “A plenária de ontem foi vermelha. Lotamos o espaço e as pessoas chegaram com coragem, com disposição e com vontade. Com esse entusiasmo que eu percebi aqui ontem, quem já vinha vai intensificar e aumentar o tom”, afirmou.
Câmara de Salvador
Questionada sobre a previsão de vereadores eleitos à Câmara Municipal de Salvador (CMS), Marta Rodrigues disse que ainda não pode apostar em um número, em função da complexidade das eleições. Segundo ela, a campanha vai se fortalecer na reta final e, na próxima semana, haverá um prognóstico mais assertivo sobre essa questão.
“Eu ainda não quero apostar em número, porque ainda é um número indeciso. A eleição para vereança é mais complicada, porque são muitos candidatos e candidatas. Então, a população fica um pouco confusa. Mas nessa reta final, até quinta ou sexta-feira, já dá para a gente ter uma previsão e apostar. Estamos fazendo conta do quanto o PT pode chegar, mas ainda vamos intensificar para ter uma bancada de esquerda na Casa”, salientou.
Nesse sentido, a vereadora ressaltou que o objetivo é eleger os candidatos integrantes da coligação Salvador Pra Toda Gente, composta por MDB, PT, PCdoB, PV, PSD, PSB, Avante, Podemos, Solidariedade e Agir, para criar uma representatividade da esquerda na Câmara. “Na nossa federação, com PT, PCdoB e PV, e nos partidos que compõem a base do governo, que são dez, nós temos o objetivo de fazer uma bancada de esquerda e ter essa representatividade na Casa”, concluiu.
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