Eleição em SP: novo Datafolha indica rejeição de Marçal em 47%; Nunes e Boulos mantêm liderança

Após cadeirada, eleitores que rejeitam o empresário superam os que não votariam em Guilherme Boulos

Matheus Pastori 19/09/2024 22:40 • Eleições 2024 • Política

Eleição em SP: novo Datafolha indica rejeição de Marçal em 47%; Nunes e Boulos mantêm liderança -

Nova pesquisa Datafolha para Prefeitura de São Paulo, divulgada na tarde desta quinta-feira (19), mostra que o empresário Pablo Marçal (PRTB) atingiu impressionantes 47% de rejeição do eleitorado, liderando o índice entre os postulantes à cadeira do Edifício Matarazzo. Ele aparece com 19% das intenções de voto, atrás do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), com 26%, e do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), com 27%.

O percentual daqueles que afirmam que não votariam em Marçal “de jeito nenhum” subiu três pontos desde a última rodada do levantamento, feita antes da cadeirada desferida ao vivo por José Luiz Datena (PSDB) contra o empresário, no último domingo (15). Desde o início de agosto, a rejeição de Marçal cresceu 17 pontos e superou a de Guilherme Boulos, que, até então, era o candidato mais rejeitado da disputa. Já o percentual de quem não votaria em Datena é de 35% — era de 32%.

O Datafolha também perguntou se os eleitores conhecem ou não os candidatos à Prefeitura de São Paulo. Os dados mostram que Pablo Marçal também é o menos conhecido, dando margem para que a aversão a ele se amplie ainda mais. Dezoito por cento declaram não conhecer Marçal, enquanto 30% dizem conhecê-lo bem, 25% afirmam conhecê-lo um pouco e 27% respondem que o conhecem de “ouvir falar”.

A pesquisa era uma das mais aguardadas pelas campanhas, já que mesura o reflexo da fatídica agressão sofrida pelo candidato do PRTB, atingido por uma cadeira atirada por José Luiz Datena durante debate ao vivo na TV Cultura. A avaliação que se faz é de que o público passa a compreender melhor e, consequentemente, rejeitar a estratégica agressiva que Marçal vem adotando.

Ainda que de fato tenha sido agredido, entende-se que boa parte do eleitorado não vê Marçal como vítima, mas sim como alguém que provocou aquele episódio. Durante toda a campanha, o empresário usa suas redes sociais para difundir apelidos degradantes, acusações e achaques de toda sorte contra seus adversários, contra a imprensa e contra as próprias pesquisas de intenção de voto. Com a proximidade do primeiro turno das Eleições, os mais recentes levantamentos apontam que este comportamento reiterado resultou em consequências à sua imagem perante o eleitorado.

O Datafolha ouviu 1.204 pessoas neste levantamento, contratado pela Folha de São Paulo e pela TV Globo, e realizado desde terça-feira (17) até esta quinta. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo SP-03842/2024.

Debate no SBT

Menos de um dia após a divulgação desta nova rodada do Datafolha, os cinco principais candidatos à Prefeitura de São Paulo voltam a se encontrar nesta sexta-feira (20), às 11h15, em debate promovido pelo SBT, portal Terra e rádio Novabrasil.

*Matheus Pastori, colaboração de São Paulo para o Portal M!