Camaçari: Justiça proíbe Caetano de veicular seu nome a serviços do Governo do Estado
Flávio Matos, que disputa 2º turno com ex-prefeito, denunciou uso da máquina estadual para promover campanha do petista

A Justiça Eleitoral proibiu que o candidato à Prefeitura de Camaçari, Luiz Caetano (PT), continue utilizando serviços do Governo do Estado para promover a sua campanha. Isso porque, conforme denúncia do adversário do ex-prefeito no 2º turno, vereador Flávio Matos (União Brasil), o petista estaria veiculando o seu nome a uma feira de saúde para se promover na cidade e alavancar a sua imagem para a disputa nas urnas deste domingo (27).
A juíza Fernanda Karina Vasconcellos Simaro acatou a denúncia de Flávio e determinou que Caetano deve se abster de produzir qualquer campanha ou propaganda eleitoral que relacione a sua candidatura com a ação “Saúde Mais Perto”. A feira teve realização na quarta-feira (23) e continua o atendimento nesta quinta-feira (24), no Colégio Estadual de Barra de Pojuca.
O argumento do presidente da Câmara Municipal de Camaçari é de que o ex-prefeito estava divulgando a iniciativa da máquina estadual com o seu nome e que a “referida propaganda institucional estaria atrelada à propaganda política, com o fito de angariar votos”. Além disso, Flávio Matos apresentou vídeos que mostram um veículo da campanha de Caetano percorrendo as ruas de Barra de Pojuca, tocando um dos jingles do candidato do PT.
Na gravação, o locutor faz anúncios de divulgação da feira de saúde, tentando veicular o nome do petista ao serviço estadual. Por isso, a juíza pontuou ainda que na passeata de carros de som de Luiz Caetano existe uma confusão entre a propaganda institucional e a política.
“Com efeito, no veículo adornado com bandeiras e adesivos do partido dos Representados, o locutor, expressamente, declara que os serviços a serem realizados na feira de saúde pelo Governo do Estado foram solicitados ‘pelo futuro prefeito’, ora 1º Representado, sendo que, na sequência, divulga propaganda política convocando os ouvintes a, no dia da eleição, votar no candidato”, relatou.
Esta não foi a primeira vez que o candidato Flávio Matos denunciou a utilização do Governo do Estado na campanha de Luiz Caetano. Em outro episódio, o prefeiturável chegou a se dirigir à sede da Polícia Federal, em Salvador, declarando que ações do Estado estariam atuando contra a sua campanha na cidade da Região Metropolitana. Na sua ocorrência, o seu argumento era de que a Polícia Militar (PM) estaria agindo de maneira parcial na acirrada corrida eleitoral de Camaçari.
2º turno de Camaçari
O 2º turno de Camaçari vive um cenário conturbado atualmente, somando a forte polarização de cada grupo política com os recentes ataques de cada coligação. No momento, a cidade da RMS conta com a corrida eleitoral mais acirrada da Bahia e um dos cenários políticos mais disputados do Brasil. Pela primeira vez na história, a definição do novo prefeito de Camaçari será no 2º turno, no próximo domingo (27), já que o município chegou à marca de 300 mil habitantes.
No 1º turno, Caetano liderou a apuração com 49,52% (77.926) dos votos e Flávio ficou em segundo lugar com um percentual de 49,17% (77.367). De um lado, Luiz Caetano tenta o seu 4º mandato à frente do Executivo municipal, já que governou o município em 1985-1988, 2005-2009 e 2009-2012. Do outro, Flávio Matos quer dar continuidade ao trabalho realizado pelo prefeito reeleito Elinaldo Araújo (UB) nos últimos 8 anos.
Rodrigo Fernandes
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