Bruno vira alvo de adversários e apresenta avanços de sua gestão para tentar convencer o eleitorado
Prefeito de Salvador participou do debate Band Bahia ao lado de Geraldo Jr e Kleber Rosa que também disputam comando do Palácio Thomé de Souza
O prefeito e candidato à reeleição, Bruno Reis (União Brasil), foi o principal alvo dos adversários na noite desta quinta-feira (8), durante o debate realizado pela Band Bahia. Desde o primeiro bloco, o prefeito foi questionado pelo candidato Kleber Rosa (PSOL) sobre o programa tarifa zero, nos ônibus de Salvador, que é aplicado em mais de 100 cidades do país.
Em sua resposta, o prefeito disse que o transporte público era um problema grave, que atingia todas as grandes cidades brasileiras, agravado pela pandemia, e afirmou que estava fazendo inúmeros investimentos para melhorar o setor. Ele aproveitou para criticar o governo estadual por não dar isenção do ICMS, o que representa 22% do valor das tarifas de ônibus.
Em outro momento do debate, Kleber questionou se Bruno era ou não o prefeito e que ele não teria feito “nada” para resolver o caos no transporte público. Em sua tréplica, o prefeito disse que a chegada do metrô obrigou a prefeitura a retirar linhas de ônibus em toda a cidade e que os governos federal e do estado poderiam ajudar a melhorar o sistema.
Kleber questionou Bruno ainda e disse que seu grupo político havia falido o sistema de transporte público nos últimos 12 anos e citou a retirada de mais de 700 linhas da cidade. Ao ser questionado pelo vice-governador Geraldo Jr (MDB) sobre a qualidade de vida das pessoas, Bruno disse que Salvador era a cidade que mais havia se transformado no país, criando 12 equipamentos de cultura, criando postos de trabalho, que correspondem a 44% dos novos empregos na Bahia.
Geraldo lembrou que 400 mil pessoas vivem na informalidade e mais de 200 mil pessoas estão desempregadas, faltam creches, faltam prioridades para criar oportunidade para a vida das pessoas menos favorecidas na capital baiana. Bruno disparou contra o governo estadual, que está há 18 anos no poder e nunca fez nenhuma intervenção nas favelas da capital. Ele disse que estão investindo na melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Em tom irônico, Geraldo disse que infelizmente o prefeito não tinha tido tempo de se preparar para o debate. “Ainda não entendeu que Salvador não é só festa e verão. Salvador cansou de ser uma marca de um cartão postal, queremos saber da vida das pessoas”.
Ao responder o questionamento do jornalista Victor Pinto, Bruno disse que Salvador caminhava com as próprias pernas, que não dependia dos governos estadual e federal para conduzir os destinos da gestão. Ele disse que “mata no peito” os problemas e não fica procurando culpados. “Para ser prefeito, precisa ter competência e compromisso com os mais pobres”. Ele lembrou que o governo estadual tirou os trens do subúrbio de operação e criticou o estado da estrada do Derba, para justificar o longo tempo usado no deslocamento da população.
O prefeito foi alvo de críticas também de Kleber Rosa, que apontou contradições do prefeito em sua fala. Já Geraldo aproveitou para disparar que Bruno estava até hoje atuando sob a orientação do ex-prefeito ACM Neto e que a cidade não caminhava com as próprias pernas.
Ao responder a Geraldo sobre as críticas à saúde, Bruno lembrou que há 12 anos eram 18% de cobertura de atenção básica. O prefeito disse que já chegaram a 75% de cobertura na capital, construíram três hospitais e um veterinário. “A cidade avançou muito na saúde, investimos 20% no setor, muitas delas com investimentos próprios do município”.
Geraldo disse ainda que Bruno agia de forma ardilosa e que eram pouco mais de 50% de cobertura na saúde da cidade e que as pessoas não aguentavam mais acordar de madrugada para ter acesso a consultas e exames. Bruno disse que o que Geraldo precisava se preocupar era com a fila da regulação, que deixa milhares de pessoas morrerem, por ele e seu grupo político não terem a capacidade de resolverem o problema.
O prefeito disse também que estão contratando médicos especialistas para atender a população, prometeu fazer cirurgias eletivas. “E aí, eu me impressiono com a capacidade que o candidato tem de mudar de lado. Ele dizia até dias atrás que ele era um amigo pessoal do filho de Bolsonaro. Dizia que se comunicava com a ACM Neto pelo olhar. Coitado do ex-prefeito João Henrique, que era um pai pra ele, mas que depois nunca mais atendeu uma ligação. Dizia ainda que eu era o conselheiro da vida dele. E agora o líder dele é Lula, é Jerônimo… E aí ele diz que até as pedras mudam de lugar. Ah, não é uma pedra não, é uma avalanche”, ironizou Bruno.
Já em outro momento do debate, Kleber disse que Bruno e seu grupo estavam há 12 anos no poder e que Salvador era a capital do desemprego e da insegurança. No último bloco, o prefeito anunciou que iriam investir mais em telemedicina, aumentar o número de consultas especializadas e exames complexos.
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