A Prefeitura de Salvador divulgou uma nota, neste sábado (27), informando que o sindicato que representa os agentes de limpeza (SindilimpBA) decidiu suspender o serviço dos garis na região da Cidade Baixa. A decisão aconteceu após policiais civis utilizaram uniformes da Limpurd, sem a autorização do órgão, em uma operação na Praia do Cantagalo.

A situação causou transtornos aos serviços de limpeza da capital baiana, após dificultar a entrada de caminhões em algumas localidades. Diante deste cenário, os agentes do serviço de limpeza temem represálias e alguns já relataram ameaças após a ocorrência.

Em nota, a gestão municipal reforçou a colaboração com as autoridades policiais em ações de segurança pública. Porém, a Prefeitura lamentou a situação causada em função do uso indevido do fardamento dos agentes de limpeza, que “coloca em risco a integridade física dos profissionais que atuam diariamente realizando a limpeza na cidade”.

Sindilimp-BA

A direção do Sindicato dos trabalhadores da limpeza urbana e terceirizados da Bahia (Sindilimp-BA) emitiu nota de repúdio contra a ação da Polícia Civil, que usou a farda de garis para prender suspeitos em Salvador. A coordenadora-geral do Sindilimp-BA, Ana Angélica Rabello, pediu explicações sobre a atitude das autoridades policiais e questionou as operações da instituição.

“SindilimpBA está consternado e indignado. Como vai diferenciar quem é gari ou policial? Como assim? Quem está varrendo a rua é um gari ou um policial? A gente precisa de resposta. A ação aconteceu no Cantagalo. Somos a favor das operações, mas não usando farda de gari”, afirmou.

Além disso, a direção contestou o motivo de os policiais não usarem um outro fardamento. “Tem que ser dos garis, que já são tão menosprezados pela sociedade. A nossa categoria exige respostas e vamos levar a fundo. Pedir ao Ministério Público do Trabalho que entre com uma investigação para saber de onde surgiu esta farda”, complementou Ana.

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