O projeto Tem Arte nas Ruas deu início a uma nova etapa de ações no bairro do Curuzu, em Salvador, em parceria com a Escola Comunitária Ilê Aiyê. A proposta é converter a região em um verdadeiro museu a céu aberto, com 13 intervenções artísticas elaboradas por artistas de diferentes estados do Brasil.

A iniciativa começou nesta segunda-feira (26), e busca revitalizar o espaço urbano, celebrando a presença negra em Salvador por meio da arte visual. O lançamento oficial das obras ocorrerá no dia 7 de junho, com um café especial e visita guiada pelos murais.

Curuzu é escolhido para etapa inicial da ação

O Curuzu, reconhecido por sua importância cultural e histórica como sede do Ilê Aiyê, foi selecionado para receber a primeira fase das intervenções. As obras pretendem ampliar o reconhecimento do bairro como símbolo da resistência negra na capital baiana.

“No Curuzu, as intervenções artísticas contribuem para o fortalecimento do sentimento de pertencimento e para o reconhecimento da importância histórica e cultural do bairro na formação das expressões afro-brasileiras”, destacou a curadora da ação, Salete Perroni.

Intervenções reforçam memória e identidade

Entre as ações previstas está a restauração da pintura de Mãe Hilda Jitolu, no muro da sede do Ilê Aiyê. A ialorixá do candomblé, também educadora e referência na defesa da cultura negra, foi uma das fundadoras do bloco afro. A obra será restaurada pelos mesmos artistas responsáveis pela criação original: Questão Almada, morador do Curuzu, e DK, ambos de Salvador.

Educação e arte como ferramentas de resistência

A Escola Comunitária Ilê Aiyê é uma instituição voltada à valorização da cultura afro-brasileira. O trabalho é centrado no ensino da música, dança e história africana, servindo como espaço de resistência e formação cultural para as novas gerações.

O projeto Tem Arte nas Ruas é realizado com apoio do Ministério da Cultura, Nubank e Larco, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A execução é da Maré Produções, com participação do Governo Federal – União e Reconstrução.

Wagner Moura comenta vitória em Cannes e celebra cultura nacional

O ator Wagner Moura se manifestou publicamente, no último sábado (24), após ser premiado como melhor ator no Festival de Cannes por sua atuação no filme O Agente Secreto. Apesar da ausência física na cerimônia na França, Moura gravou um vídeo em que compartilhou suas impressões sobre o reconhecimento internacional e valorizou a cultura brasileira. A mensagem foi publicada no perfil de Instagram da assessoria de imprensa do longa-metragem dirigido por Kleber Mendonça Filho.

Premiação recebida à distância

Wagner Moura não compareceu ao festival por conta de compromissos profissionais no Reino Unido, onde atualmente grava outro filme. Por isso, coube a Kleber Mendonça Filho receber o troféu em nome do ator. Durante a coletiva de imprensa realizada após a premiação, o diretor também colocou o artista em contato com os jornalistas por meio de uma chamada de voz, na qual Moura enviou uma breve saudação.

Mais tarde, em vídeo, o ator explicou a situação e compartilhou sua reação à notícia da vitória, revelando que soube do prêmio ainda no set de filmagens em Londres. “Agora são quase 22h aqui em Londres. Eu tive um dia absolutamente louco, porque passei o dia filmando. Não fiquei em Cannes porque tinha que filmar. Estou fazendo um filme aqui em Londres”, afirmou.