O subsecretário de Cultura e Turismo, Walter Pinto, enfatizou nesta sexta-feira (1º), que o Novembro Salvador Capital Afro, que conta com um mês inteiro dedicado à celebração e à valorização da cultura afrodiaspórica da cidade, leva “protagonismo real” às pessoas negras.

Ao Portal M!, o subsecretário enfatizou que Salvador está sendo “envelopada” por uma “narrativa afrocentrada” pelo segundo ano consecutivo. “O Salvador Capital Afro é fruto de uma cooperação internacional com o BID, e que estabeleceu o festival, então foi um pontapé. Festival esse que integra um plano, uma estratégia, que é chamado Plano Afro, que tem ali algumas conexões, conexões de negócio, do afroturismo, do empreendedorismo, da gente valorizar as potências de Salvador”, afirmou.

A partir desse movimento, ele enfatizou que foi percebida a necessidade de fortalecer as ações que eram promovidas no Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, a partir de iniciativas que extrapolassem a data. “Então, aquilo que era somente discurso, de que todo dia é o dia da Consciência Negra, da gente valorizar a nossa ancestralidade, a nossa identidade, a nossa potência. A gente trouxe isso para o palco, evidenciando esse protagonismo negro. Então, durante todo o mês, a gente vai ter uma série de atividades culturais, festivas, formativas também e de negócios, feitas por essas pessoas”, ressaltou.

Conforme o subsecretário, é a partir de movimentos como esse que se promove o “protagonismo real” da população negra. “A gente está falando de um protagonismo real, para elas e por elas também. Então, para além do discurso, a gente percebe hoje uma fusão, na verdade, entre as iniciativas da sociedade civil e o poder público dando essa base, dando esse alicerce e contribuindo para esse ecossistema”, observou.

Walter destacou ainda que a cadeia de empreendedorismo negro tem crescido a partir do fortalecimento de afroempreendedores, como iniciativas que vão desde a oferta de uma séria de eixos formativos até a plataforma AfroBiz, que promove a conexão deles com o mercado.

“Isso é resultado desse trabalho, um trabalho que tem se solidificado cada vez mais. A gente tem observado que esses empreendedores têm, de fato, alcançado essa potência que historicamente a gente reivindicou. E o Novembro Salvador Capital Afro é esse momento, essa oportunidade da gente conectar, da gente favorecer, estimular também o turismo porque é um momento onde a cidade fica amplamente ocupada, no ano passado a gente teve a taxa de ocupação e de procura dos hotéis, dos voos, das companhias, é absurdo e esse ano a gente está repetindo essa dose”.